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Cerca de 6,3% das crianças e adolescentes de 7 a 18 anos “tem seu direito à educação gravemente violado, já que não tem acesso a ela formalmente ou a abandonam sem terminar nenhum ano de estudo”
Por Portal EBC - Cepal
[caption id="attachment_19842" align="alignright" width="300"] (Fabio Rodrigues Pozzebom/Abr)[/caption]
Segundo dados extraídos dos censos da década de 2000, na América Latina 88% dos indígenas menores de 18 anos sofrem algum tipo de privação, frente a 63% da população geral da mesma faixa etária, informou um boletim conjunto elaborado pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
“Esta situação expressa uma violação aos direitos das crianças à sobrevivência e ao desenvolvimento e implica um alto custo para a sociedade em termos de capacidades humanas e inclusão social”, diz o informativo.
O boletim aponta que as crianças indígenas da região sofrem privação severa de acesso à educação, água potável e moradia três vezes mais que as outras crianças da mesma idade.
Cerca de 6,3% das crianças indígenas de 7 a 18 anos “tem seu direito À educação gravemente violado, já que não tem acesso a ela formalmente ou a abandonam sem terminar nenhum ano de estudo”. Já no caso das crianças não indígenas essa situação atinge apenas 1,9%. Para reverter essa situação, o documento recomenda o fortalecimento da educação intercultural bilíngue.
Cerca de 65% da infância indígena sofre privação severa de moradia e 19% privação moderada. Em matéria de acesso a água potável, os resultados também são desalentadores: 30,5% das crianças indígenas não tem acesso a ela e 51,8% sofre privação severa de saneamento.
“Superar a pobreza infantil indígena constitui uma obrigação estatal básica para implementar os direitos de todas as crianças e adolescentes e para garantir a sobrevivência dos povos originários e sua importância ao futuro da América Latina”, diz o boletim.