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Manifestação criticou o plano estadual lançado pelo governo de José Serra (PSDB), no começo da semana. Nova manifestação ocorre dia 14 de setembro
Por Brunna Rosa
Foto: Robson Martins
Após uma semana, a praça da Sé foi novamente palco de manifestações. O ato desta sexta-feira, 24, fez parte da jornada de lutas pela educação. Organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e entidades estudantis, o principal alvo foi o plano de estadual para educação, apresentado pelo governo de José Serra (PSDB), nesta semana. Segundo os organizadores, 30 mil pessoas compareceram. Para a Polícia Militar, foram de 6 a 7 mil pessoas.
O governador prometeu investir R$ 1,7 bilhão na área, mas recebe duras criticas dos sindicatos da categoria, entre motivos, por não contemplar reajuste salarial e a valorização dos profissionais da educação. Além disso, inseri metas para avaliar o trabalho dos educadores.
Segundo Carlos Ramiro, presidente da Apeoesp, o projeto apresentado pelo governo é vazio e não contempla os profissionais da educação. “Caso o governo não reveja o plano realizaremos uma aula pública na Secretaria do Estado de São Paulo, dia 29, e uma grande manifestação no dia 14 de setembro", promete. Ele não descarta a hipótese de um acampamento em frente ao prédio da Secretaria a partir do dia 20.
Foto: Robson Martins
A Apeoesp, responde o documento do Plano Estadual para educação, que lista dez metas para serem cumpridas até 2010, em documento (clique e veja).
A opção pela premiação dos profissionais, que ajudarem a melhorar o desempenho da escola é criticada pela educadora Elisangela Maria de Souza, de 46 anos, “Nosso piso salarial está defasado e a bonificação ao invés do reajuste é para desarticular os professores”.
A recém-eleita presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf, estava presente à manifestação. Ela atribuiu a truculência com que a Policia Militar agiu na quarta-feira, 22, no largo São Francisco, à gestão de Serra. Na ocasião, houve repressão ostensiva a manifestação de estudantes e movimentos sociais. “O governador José Serra é o inimigo nº1 da educação, e a prova disso é a repressão de seu governo, em cima das manifestações dos movimentos sociais", atirou.
A professora aposentada Maria Zunilda, de 88 anos, presente na manifestação com uma faixa pedia “Respeito a educação”. Ela lembra que as bonificações não atingem os professores aposentados e fala do sucateamento da educação. “Há anos, o governo do PSDB está acabando com a educação no Estado. Estão privatizando tudo e privando os aposentados de seus direitos.”
A manifestação, seguiu até a praça da República, concentrando-se em frente a Secretaria Estadual de Educação para vaiar o plano de educação.