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Os R$ 26 milhões do Ministério da Saúde para o estado não resolvem questão salarial, e divergências entre os profissionais e o governo de Teotônio Vilela (PSDB)
Por Brunna Rosa
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou na segunda-feira, 20, a liberação de R$ 26 milhões para o estado de Alagoas, que enfrenta seu 85º dia de greve na área. Ele descartou qualquer hipótese de intervenção nos hospitais para evitar a situação "dramática" ocorrida no Rio de Janeiro em março de 2005.
Segundo Wellington Galvão, do Sindicato dos Médicos de Alagoas, o destino da verba é indefinido. "Recebi as informações sobre a liberação de verba para a Saúde por meio da imprensa, não sei como será aplicado, tenho informações que uma parte poderia ser usada para pagamento dos funcionários, mas não é nada oficial”.
O ministro Temporão esclareceu que esse não é o caso. "O ministério não pode liberar recursos para que o estados aumentem os salários dos funcionários. As próprias normas e regras de repasse financeiro não permitem isso", declarou à Agência Brasil.
Durante a greve em Alagoas, 245 médicos pediram demissão para protestar contra o sucateamento da Saúde no estado. Galvão, um dos primeiros médicos a pedir demissão, afirma que a reivindicação de 50% de aumento salarial continua e que “mesmo que fosse efetuado o aumento o piso, estaria abaixo da categoria no país”. A categoria não aceita gratificações no salário, diz ele, apenas aumento de salário.
Atualmente os médicos em Alagoas recebem salário de R$ 1200, e a proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo é de 5%. O governo de Teotônio vilela (PSDB) decretou estado de calamidade pública, o que permite a contratação temporária de funcionários.
Na Paraíba e em Pernambuco também há problemas. O ministro não informou o valor liberado para o governo de Eduardo Costa (PSB-PE) e prometeu repassar aos estados mais R$ 540 milhões até o final do ano para ações de média e alta complexidade.
Com informações da Agência Brasil
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