Escrito en
BRASIL
el
O milho transgênico Guardian, da Monsanto, é aprovado para comercialização. Outras cinco espécies de milho transgênico aguardam liberação comercial.
Por Redação
Foto: Wilson Dias/ABr
O presidente da CTNbio, Walter Colli, durante aprovação de mais um tipo de milho transgênico. Ao lado da mesa, manifestações contra os organismos geneticamente modificados
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou na quinta-feira, 16, a liberação comercial do milho transgênico Guardian, desenvolvido pela multinacional Monsanto. O transgênico, resistente a insetos, é o segundo tipo de milho geneticamente modificado a ser liberado para comercialização pela CTNBio.
Manifestantes da Via Campesina, protestaram contra a votação, dentro do auditório do Ministério da Ciência e Tecnologia. Nos cartazes, dizeres como “CTNBio faz mal ao Brasil” e “Não contamine a Biodiversidade”.
A votação para a liberação estava na pauta da reunião, mas a expectativa era que o assunto não fosse apreciado ontem. O resultado final foi 15 votos a um, o único voto contra a liberação foi do representante do Ministério de Meio Ambiente, Rubens Nodari.
Esta é a quarta liberação de sementes geneticamente modificada, para plantio no Brasil. Em maio, a comissão havia aprovado o milho Libertlink, da multinacional Bayer. Na CTNBio, existem nove protocolos de pedido para liberação comercial de organismos geneticamente modificados. Desses pedidos, cinco tratam de variedades de milho; três, de algodão; e um, de arroz.
Monitoramento Uma liminar da Justiça Federal do Paraná havia determinado que a CTNBio não julgasse nenhum pedido de liberação comercial antes de criar normas de monitoramento.
Horas antes da votação, a CTNBio aprovou os planos de monitoramento e de coexistência para o plantio de milhos geneticamente modificados no Brasil.
O monitoramente prevê estudos de desenvolvimento do produto em área reservada e, a longo prazo, incluindo a influência do clima em diferentes safras. O plano de coexistência com outras espécies definiu duas formas de plantio: uma de 100 metros livres entre o milho transgênico e outras culturas, e outra de 20 metros de “bordadura” - com plantio do milho convencional – separando o produto geneticamente modificado de outras lavouras.
O objetivo do monitoramento e da coexistência é impedir que o pólen do transgênico contamine outras espécies de plantas.