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O promotor de Justiça de Sorocaba (SP), Jorge Alberto de Oliveira Marum, postou em sua conta no Facebook no último domingo (11) um macaco trabalhando em um escritório seguida da frase "Defesa de Lula preparando o recurso contra a prisão".
A postagem viralizou nas redes e foi retirada logo em seguida.
Em nota, a OAB de Sorocaba criticou a publicação do promotor. "Foi uma brincadeira de extremo mau gosto".
Ainda segundo a OAB, a frase é um desrespeito. "A postagem se refere a uma suposta 'macaquice' realizada pelo advogado. Entende-se que um promotor deve ser imparcial de qualquer circunstância e acima de tudo manter a isenção em respeito a seus colegas e a advocacia", declara.
Na manhã desta segunda-feira (12), Marum fez outra postagem no Facebook dizendo que não tinha nenhuma intenção de ofender a classe de advogados.
O Ministério Público foi questionado sobre o caso e não houve resposta até a publicação da reportagem.
"Sr. Promotor, com a devida vênia, o senhor é o retrato da estupidez"
Em 2015, outra publicação do promotor Marum, sobre uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), causou polêmica nas redes sociais.
"Exame Nacional-Socialista da Doutrinação Sub-Marxista. Aprendam jovens: mulher não nasce mulher, nasce uma baranga francesa que não toma banho, não usa sutiã e não se depila. Só depois é pervertida pelo capitalismo opressor e se torna mulher que toma banho, usa sutiã e se depila", escreveu.
Após a repercussão, o promotor voltou ao Facebook para se defender, afirmando que as declarações teriam sido feitas em tom de ironia. Ele afirmou também que a postagem foi distorcida por "ignorância, má-fé ou oportunismo político".
O episódio recebeu uma resposta contundente de Fernando Brito, no blog Tijolaço, com o título "Sr. Promotor, com a devida vênia, o senhor é o retrato da estupidez".
Um ano depois, em novembro de 2016, outra polêmica. O promotor afirmou, no Facebook, que um jovem morto pelo pai em Goiás após uma discussão, em 2016, seria "vagabundo".
Por conta da repercussão, a publicação sobre o caso foi apagada e o promotor pediu desculpas aos ofendidos.
Nos dois casos a OAB emitiu uma nota de repúdio às postagens do promotor.