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A Marcha da Liberdade aconteceu, sem graves incidentes, na tarde do dia 28 de maio, na Avenida Paulista e Rua da Consolação. Jovens, negros, mulheres, heteros e homos, inconformados em geral, pessoal puto da vida com a democracia de fachada praticada pelas elites do poder que consideram liberdade de expressão quando o deputado Bolsonaro ofende negros e homossexuais, mas chamam de apologia ao crime defender a descriminalização das drogas e do aborto. Os meios de comunicação, Globo à frente, chamam o movimento de “marcha da maconha”. A Justiça proíbe, desrespeitando o direito de manifestação previsto na Constituição. A Polícia Militar do PSDB – aquela mesma ausente quando se trata de proteger os homossexuais constantemente vítimas de agressão dos grupos de neonazistas na Avenida Paulista – desce a ripa. Os jornais se sensibilizam somente porque seus repórteres também foram agredidos, afinal para eles ataque à “liberdade de expressão” só existe quando eles são atingidos.
Desta vez, foram mais de 5.000 pessoas as ruas, o tamanho assustou. Não o suficiente para os seguranças do Conjunto Nacional que agrediram os meninos do Movimento Passe Livre que estenderam uma faixa no Conjunto Nacional. Capitães do mato modernos, estes seguranças que depois, certamente, vão ter que gastar uma grana significativa para pegar a condução para casa, provavelmente bem longe da casa dos seus “bwanas”.
A presença grande de jovens demonstrou que, ao contrário do que muita gente pensa, a juventude não é aquela retratada em “Malhação”, da Rede Globo. É uma rapaziada que está a fim de fazer política mas muito além dos limites impostos pelas instituições dirigidas pelos vestutos senhores de toga e borla ou de paletó e gravata dos acarpetados gabinetes dos “podres poderes”.
O que fica de lição deste evento, bem como do churrasco de gente diferenciada em Higienópolis, é que a moçada está a fim de fazer política por fora de estruturas convencionais. É importante que o povo da esquerda fique atento a isto.