Além do cantor Alexandre Pires, a Polícia Federal está investigando o empresário Matheus Possebon, associado à Opus Entretenimento, por suspeita de envolvimento em um esquema de garimpo ilegal na Terra Yanomami. Segundo dados levantados na apuração, Possebon é identificado como um dos gestores do núcleo financeiro das práticas ilícitas. Segundo a PF, um dos "responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes".
A lista de artistas da Opus Entretenimento envolve o cantor Alexandre Pires. Existe a suspeita de que o cantor de pagode tenha recebido pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora vinculada às atividades ilegais. Na Operação “Disco de Ouro", endereços relacionados ao artista e ao agente foram alvo de buscas nesta segunda-feira (4), que começaram em um cruzeiro onde estava Pires.
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Com funções executivas na produtora de eventos Opus Entretenimento e gerenciamento da carreira de Alexandre Pires, Matheus Possebon também atua no cuidado profissional de artistas como Ana Carolina, Daniel, Jota Quest, KLB, Luccas Neto, Roupa Nova, entre outros, por meio da mesma empresa.
O empreendedor também possui uma carreira musical própria, atuando como cantor. No YouTube, alguns de seus videoclipes acumulam mais de 65 mil visualizações, como a música "Cruzando Raios". Já Alexandre Pires alcançou o sucesso com o grupo de pagode Só Pra Contrariar no início dos anos 1990. Uma década depois, optou por seguir carreira solo. O cantor acumula mais de 18 milhões de discos vendidos.
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A Opus Entretenimento emitiu um comunicado declarando desconhecimento de qualquer envolvimento em atividades ilegais que possam estar "relacionadas a colaboradores e parceiros da empresa". Veja o comunicado completo.
"A Opus Entretenimento, presente há 47 anos no mercado de eventos, fomentando há décadas a cultura e o entretenimento no país, vem a público informar que desconhece qualquer atividade ilegal supostamente relacionada a colaboradores e parceiros da empresa.
Em relação a Alexandre Pires, uma das grandes referências da música brasileira, a Opus, responsável pela gestão de sua carreira, manifesta sua solidariedade ao artista, confiando em sua idoneidade e no completo esclarecimento dos fatos.
A Opus mantém o seu compromisso de promover a cultura e levar o entretenimento ao público brasileiro."
De acordo com a nota da defesa do empresário, "a prisão de Matheus Possebon é uma violência. Foi decretada por conta de uma única transação financeira com uma empresa que Matheus não mantém qualquer relação comercial. Mais grave ainda, a prisão se deu sem que Matheus pudesse ao menos esclarecer a transação. A defesa, porém, está certa de que esta violência será prontamente desfeita, e que Matheus poderá, em liberdade, comprovar que nada tem a ver com a investigação", diz o comunicado.