A internet foi à loucura com o anúncio do lançamento de um novo livro da cantora Britney Spears, de 41 anos. A aclamada princesa do pop terá sua aguardada autobiografia, “A Mulher em Mim” (The Woman in Me), lançada no Brasil na próxima terça-feira (24).
A obra apresentará as lembranças da artista que teve sua vida pessoal divulgada desde a juventude. Embora a publicação só chegue às prateleiras na próxima semana, a revista People já divulgou trechos exclusivos do livro, nos quais Britney compartilha sua perspectiva sobre alguns dos eventos mais significativos de sua trajetória profissional.
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A cantora traz à luz vários episódios difíceis de sua vida, como o momento em que raspou a cabeça em 2007, a experiência de um aborto, o consumo de álcool com sua mãe durante o 8º ano escolar, a vigilância constante, entre outros. A seguir, elencamos as maiores revelações feitas no livro.
Aborto nos anos 2000
"Foi uma surpresa, mas para mim não foi uma tragédia. Eu amei muito Justin. Sempre esperei que um dia teríamos uma família junta. Isso seria muito mais cedo do que eu esperava", escreveu Spears. "Mas Justin definitivamente não estava feliz com a gravidez [...] até hoje, é uma das coisas mais agonizantes que já experimentei em minha vida"
A artista relata que enfrentou um dilema, mas após discussões intensas e carregadas de emoção, ela e o cantor Justin Timberlake chegaram ao consenso de que o aborto seria a escolha correta.
Britney Spears e Justin Timberlake iniciaram o relacionamento amoroso em 1999, época em que Spears tinha somente 17 anos. Eles permaneceram juntos até 2002. Posteriormente, no matrimônio com Kevin Federline, Spears teve mais um filho. Desse casamento, nasceram dois garotos: Sean Preston, agora com 18 anos, e Jayden James, que tem 17 anos.
Cabelo raspado em 2007
"Raspar minha cabeça e fazer encenações foram minhas formas de reagir"
Alguns anos depois, Britney estava passando por um divórcio difícil, sendo constantemente assediada pelos paparazzi e pressionada a se comportar de uma maneira específica. Em resposta a essas circunstâncias, ela tomou a decisão de raspar toda a sua cabeça, como uma forma de reação ao que estava acontecendo ao seu redor.
"Eu fui muito observada enquanto crescia. Fui olhada de cima a baixo, as pessoas me disseram o que pensavam do meu corpo, desde que eu era adolescente", escreveu Britney em uma parte do livro.
Consequências da tutela
"A tutela me despojou da feminilidade, me transformou em uma criança. Tornei-me mais uma entidade do que uma pessoa no palco. Sempre senti música em meus ossos e em meu sangue; eles roubaram isso de mim."
Em 2008, um ano após raspar a cabeça, Jamie Spears, seu pai, assumiu sua tutela. “Com a tutela, me fizeram acreditar que aqueles dias estavam no passado. Fui obrigada a deixar meu cabelo crescer e recuperar minha forma física. Tive que adotar um horário de sono mais cedo e tomar qualquer medicação que eles prescreviam”, relatou a cantora.
No livro que foi divulgado pelo site People, Britney Spears revela que durante os anos sob a tutela de seu pai, Jamie Spears, ela perdeu a autonomia sobre seu próprio corpo. Ele teria feito comentários ofensivos sobre seu peso, o que a machucou mais do que as críticas que recebia da imprensa.
“A tutela me despojou da feminilidade, me transformou em uma criança. Tornei-me mais uma entidade do que uma pessoa no palco. Sempre senti música em meus ossos e em meu sangue; eles roubaram isso de mim.” Britney descreve que se sentia como uma “criança-robô” sob a tutela, sendo infantilizada ao extremo.
Depois de um longo embate jurídico e um grande movimento chamado #FreeBritney, ou “Britney Livre” em português, a tutela finalmente chegou ao fim em 2021. Jamie Spears esteve no controle da vida e da carreira de Britney Spears ao longo de 13 anos.
Coquetéis com a mãe
"Para me divertir, desde quando eu estava na 8ª série, minha mãe e eu fazíamos a viagem de duas horas de Kentwood a Biloxi, Mississippi, e enquanto estávamos lá, bebíamos daiquiris"
Spears relata que, ainda na 8ª série, já compartilhava bebidas alcoólicas com sua mãe, Lynne Spears. "Adorei poder beber com minha mãe de vez em quando", comenta. "A maneira como bebíamos não era nada parecida com a forma como meu pai fazia. Quando bebia, ficava mais deprimido e desligava-se. [Nós] Ficávamos mais felizes, mais vivas e aventureiras’, diz a cantora.
Longe das telas
“Acabei andando diferente, me comportando diferente, falando diferente. Fui outra pessoa durante meses enquanto filmava 'Crossroads'’”
A cantora compartilhou sua vivência no mundo do cinema. Protagonista de “Crossroads: Amigas Para Sempre” (2002), Britney esclarece em seu livro a razão pela qual se distanciou da indústria cinematográfica após a estreia do filme.
Britney comenta que “Crossroads” marcou tanto o início quanto o fim de sua breve carreira como atriz, o que a deixou aliviada. Ela também recorda que estava na disputa para interpretar Allie, contracenando com Ryan Gosling, no filme “Diário de uma Paixão”. No entanto, o papel acabou sendo concedido a Rachel McAdams, o que trouxe alívio para Spears.