Mais um escândalo sexual agita o cenário do rock mundial. Depois que uma fã ingressou com ação na justiça de Nova York, nos EUA, contra o cantor Marilyn Manson, o acusando de estupro, outro astro do rock está na mira da Justiça pelo mesmo motivo.
Steven Tyler, vocalista do Aerosmith, uma das principais bandas de rock do cenário cultural, foi indiciado, formalmente, por abuso sexual de uma adolescente na década de 1970. Julia Misley, que na época tinha 16 anos, acusa o artista de violência sexual contra ela. Além disso, ela diz ter sido forçada a fazer um aborto.
Julia, hoje com 65 anos, também acusa Tyler, com 74, de drogá-la para conseguir obter a tutela da adolescente para viajar em turnê com o artista.
Os advogados de Julia relataram que ela conheceu Tyler em uma apresentação do Aerosmith, em 1973, no Oregon (EUA). Ela o acusa de estuprá-la naquela mesma noite, em seu quarto de hotel, e também na noite seguinte, depois de outra apresentação da banda em Seattle. O roqueiro teria pagado a passagem e o ingresso da jovem para que ela pudesse ir até o show.
Em 1974, quando a jovem tinha 17 anos, Tyler teria convencido os pais da garota a assinar um documento que transferia a guarda da jovem para ele, assegurando que ela estaria em segurança. Segundo a acusação, durante as viagens com o Aerosmith, o vocalista fornecia a ela drogas e álcool, de acordo com o site Omelete.
Conforme o processo, Julia ficou grávida e foi obrigada por Tyler a abortar. Ela alegou que sofreu sequelas psicológicas em consequência do relacionamento abusivo com o cantor por toda a sua vida. Porém, especialmente, depois da publicação, em 2004, da autobiografia do artista.
Tyler menciona relacionamento com menor de idade em autobiografia
No livro, ele aborda seu relacionamento com uma fã menor de idade, caracterizando-o como "romântico e ditado pela afeição". Os advogados de Julia, contudo, classificam o relato de Tyler como a imposição de "infâmia involuntária" em sua cliente.
A mulher divulgou um comunicado no qual afirma que não quer restituição financeira pelo abuso sofrido.
"O que eu quero é que minha ação exponha a indústria que protege celebridades criminosas, que contribua para a limpeza dessa indústria e a responsabilização daqueles que me exploraram e permitiram a minha exploração por anos, junto de tantos jovens e adultos vulneráveis", destacou.