A cantora Pabllo Vittar, que acaba de lançar o disco “Noitada”, reforçou o seu apoio ao presidente Lula (PT) e disse que os primeiros dias de seu governo “já salvaram vidas”. A artista também defendeu consciência de classe entre os artistas. “Ganhar dinheiro enquanto os seus fãs passam fome não tem graça nenhuma”, alerta a artista.
Em entrevista ao podcast Café da Manhã, do jornal Folha de São Paulo, desta sexta-feira (17), Pabllo Vittar relembra o show no LollaPalooza, em 2022, quando ergueu uma toalha estampada com o rosto do presidente Lula e, sem intenção, inaugurou um movimento de apoio público ao petista entre os artistas. Além disso, a cantora afirma que o posicionamento político dos artista “é necessário”.
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“É importantíssimo [o posicionamento político], diria até mais: é necessário. Aquele show do LollaPalooza foi um momento que me impactou muito. Eu estava na pandemia, sem fazer shows, me sentindo triste. Então, quando a gente teve essa possibilidade de voltar [...] terminando o show eu vi um menino com uma bandeira do Lula... às vezes as pessoas me perguntam: 'você ensaiou pegar aquela bandeira?', claro que não!”, diz Pabllo.
Em seguida, a artista comemora a repercussão de sua atitude no LollaPalooza. “Para mim foi uma repercussão ótima em saber que eu encabecei aquilo. Foi de forma natural, porque eu sempre apoiei o governo dele. Óbvio que eu recebi muitos xingamentos, mas eu não me importo com isso, o que eu me importo mesmo é com os meus fãs, com as pessoas que estavam sofrendo, morrendo e o governo [Bolsonaro] não fazendo nada. É com isso que a gente tem que se importar enquanto artista. Às vezes a gente se esquece do que é mais importante: a mensagem que nós temos que passar”, diz.
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Para a cantora, não adianta nada ganhar dinheiro enquanto muitos passam fome. “É muito bom fazer sucesso, é muito bom ganhar dinheiro fazendo o que a gente gosta, mas quando os nossos fãs estão morrendo de fome, morrendo em hospital, aí não tem graça nenhuma. Por isso que eu nunca me calei diante de nenhum xingamento. Eu não tenho medo disso. Eu tenho medo da situação do meu país não mudar”, afirma Vittar.
No entanto, Pabllo Vittar revela que teve de fazer mudança no esquema de segurança depois de tornar público os seus posicionamentos em defesa do Lula, PT e MST. "Tem segurança que anda comigo, na minha casa. Antes eu não tinha medo, não vou mentir de que eu nunca tive medo desse pessoal fanático, desse fanatismo doido que eles têm, mas agora a minha equipe redobrou segurança”.
Popular e dona de inúmeros sucessos, Pabllo Vittar relembra da sua infância no assentamento do MST e explica a importância da consciência de classe.
"Quando você vem de um lugar que você precisa batalhar mais, trabalhar mais e daí você ascende, como eu ascendi, a gente não pode se esquecer de onde a gente veio, não pode esquecer de como as pessoas viviam e como ainda vivem. Então, [ter sido criada em um assentamento] foi fundamental para minha consciência política e social, de saber que nem todo mundo tem o privilégio de andar em um carro, de trabalhar com o que gosta, de se sentir seguro, não é o que a maioria dos brasileiros passam. Com a volta do paizinho [Lula], espero que ele consiga deixar as coisas mais tranquila para todo mundo. Mas acho que é isso ter consciência de classe”, explica Pabllo Vittar.
Por fim, Pabllo Vittar revela como é a sua relação com o presidente Lula e Janja, a primeira-dama. “É uma relação de muita amizade, amor e carinho. Porque ele sabe que eu sempre o apoiei, desde pequena. O que ele está fazendo nestes primeiros dias de governo foi fundamental para salvar vidas”, finaliza Vittar.