Euphoria: após três anos, segunda temporada estreia neste domingo na HBO

Série aborda temas como masculinidade, uso de drogas e a epidemia de opioides nos EUA

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A aguardada segunda temporada da série Euphoria estreia neste domingo (9), às 23h, de forma simultânea na HBO (TV à cabo) e no streaming da emissora, a HBO MAX.

Com o grande sucesso de sua primeira temporada, a continuação das desventuras de Rue (Zendaya) é aguardada por quase três anos pelos fãs da série.

Por causa da pandemia, a produção da segunda temporada da série foi adiada e só retomada no ano passado, quando a pandemia arrefeceu.

A temporada que estreia neste domingo traz Rule, Jules e Nathan, mas também conta com novos personagens.

Abaixo, nós destacamos alguns aspectos da trama e porque você deve assistir:

https://www.youtube.com/watch?v=JdwZwrs8Qt0

Euphoria: EUA e a epidemia dos opiáceos

A trama de Euphoria é centrada nas personagens Rue (Zendaya), Jules (Hunter Schafer), Cassie (Sydney Sweeney) e Nate (Jacob Elordi).

Rue, que é a protagonista da trama, vive entre saídas e entradas de clínicas de reabilitação; Jules busca viver a sua sexualidade de forma tranquila, mas acaba se apaixonando por Rue. Por sua vez, Nate, o atleta e galã da escola, vive profundos conflitos com a sua masculinidade.

Aliás, o grande destaque do roteiro é que, ao invés de problematizar as sexualidades dissidentes, a história vai afundo no cotidiano dos aparentemente “normais”. Dessa maneira, Euphoria está mais preocupada em discutir as “normalidades” do que as “anormalidades”.

Com a história de Rue a série envereda por um caminho denso que é a epidemia de opiáceos que assola os Estados Unidos.

Sem meias conversas, nos é mostrado um universo onde o uso de opiáceos e drogas similares é algo corriqueiro no cotidiano dos adolescentes e, é a partir dessas sensações que a série constrói a sua narrativa que, a partir de uma estética peculiar, fotografia e trilha sonora pra lá de criativas que criam todo um ambiente onde, muitas vezes, pensamos estar dentro daquelas mentes chapadas.

Nu masculino

Quando estreou, em 2019, Euphoria escandalizou os setores mais conservadores da sociedade estadunidense, pois, traz de maneira corriqueira o nu frontal masculino. À época, associações tentaram intervir para que tais cenas fossem barradas, o que não aconteceu.

Porém, o nu frontal masculino não está ali para chocar, mas sim para caminhar por entre os corpos dos jovens atletas e nos mostrar uma tensão sexual constante existente entre os rapazes, mas, que pelo posto que assumem, não podem vivenciar relações homossexuais.

Neste sentido, a euforia que dá título à série tanto está ligada aquela produzida pelas drogas, como aquela produzida pelo desejo de um corpo que, de acordo com as normas, não me pertence.

Polêmica e aclamada

Sucesso de púbico e crítica, a segunda temporada chega só agora por causa da pandemia, quando as gravações tiveram de ser interrompidas.

Desde então, o retorno de Euphoria é certamente um dos mais esperados dos últimos dois anos.

Pro fim, cabe destacar que o programa consagrou a atriz Zendaya, que em 2020 se tornou a atriz negra mais jovem a receber um Emmy por sua atuação em Euphoria.

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