A autora de novelas da Rede Globo, Gloria Perez, reagiu com indignação à queixa-crime que Paula Thomaz, assassina de sua filha, a atriz Daniella Perez, em 1992, abriu contra ela.
“Coisa de psicopata. Logo, é preocupante que essa mulher esteja tentando se introduzir, através da filha, em meu ambiente de trabalho. Quem corre risco sou eu”, disse ela, em entrevista ao Metrópoles.
A razão da queixa-crime é que Gloria criticou o fato de que Paula Thomaz, hoje Paula Peixoto, estar investindo na carreira artística de sua filha mais nova, de acordo com informações da coluna de Fábia Oliveira, em O Dia.
A autora da Globo chegou a dizer: “Essa criminosa não tem limites. Não preservou o filho que tinha na barriga quando se fez assassina e não preserva a filha de um meio (artístico) onde terá sempre como referência ser filha de uma assassina”.
Paula e o atual marido, Sérgio Peixoto, registraram um boletim de ocorrência (BO) contra Gloria e alguns dos seguidores da autora pelos crimes de ameaça e difamação.
Em resposta, a autora relembrou um trecho da decisão do juiz José Geraldo Antônio, no dia 17 de maio de 1997, que condenou Paula Thomaz e o então marido Guilherme de Pádua pelo assassinato de Daniella Perez.
“A conduta da ré exteriorizou uma personalidade violenta, perversa e covarde quando contribuiu consciente e voluntariamente para destruir a vida de uma pessoa indefesa, sem nenhuma chance de escapar do ataque de seus algozes, pois, além da desvantagem na força física, o fato se desenrolou em local onde jamais se ouviria o grito desesperador e agonizante da vítima. Demonstrou a ré assim, ser uma pessoa inadaptada ao convívio social e com inegável potencial de periculosidade”, escreveu.
Gloria foi intimada a depor, mas enviou seu advogado para se inteirar da denúncia. O inquérito prossegue em fase de diligências e ainda não virou processo.
Relembre o caso
A atriz Daniella Perez foi assassinada em 28 de dezembro de 1992 pelo também ator Guilherme de Pádua e sua esposa à época, Paula Thomaz. Ambos prepararam uma emboscada e mataram a jovem de 22 anos, com 18 facadas.
Guilherme e Paula foram condenados, depois de julgados por “homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima”.
Ele pegou 19 anos de prisão e ela, 16. Porém, foram libertados depois do cumprimento de um terço da pena.
De acordo com a condenação, a razão do crime foi o pedido de Guilherme para que Daniella pedisse à mãe que desse mais importância ao papel que ele representava na novela “De Corpo e Alma”, exibida pela Globo entre 1992 e 1993.