Marcelo D2 declara voto em Lula: "Não tem outra saída"

Para o cantor, o Brasil vive "a pior situação desde a ditadura militar": "O caminho agora é com Lula para a gente renovar tudo isso e colocar o trem nos trilhos de novo"

Foto: Caio Paganotti/Fotos da Virada
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Marcelo D2 é mais um dos artistas que revelou que votará em Lula (PT) nas eleições presidenciais de 2022. Em entrevista ao "Splash", do UOL, o cantor afirma que "não tem outra saída para esse Brasil" e que o país precisa de "política social muito bem feita".

"Vou de Lula. Não tem outra saída para esse Brasil. O caminho agora é com Lula para a gente renovar tudo isso e colocar o trem nos trilhos de novo. A gente precisa de política social muito bem feita, e não existe isso nessa classe média branca, hétero e sei lá o quê. Eles não estão preocupados com as minorias e a gente precisa de quem se preocupa com elas", pontua.

Afastado das redes sociais, principalmente do Twitter, D2 diz que já quase adoeceu de tanto brigar na internet. O rapper integra o pequeno time de artistas que se posiciona corajosamente contra o governo de Jair Bolsonaro (PL), o que já o fez quase sair do país.

"No final de 2018 para 2019 eu quase fiquei doente de tanto brigar na internet. Fiquei mal mesmo, quase à beira de um ataque de nervos. Mas eu vi que as pessoas são ignorantes e não sabem o que está acontecendo. Elas estão sendo manipuladas, então percebi que não vale brigar", afirma.

Na visão do cantor, os artistas deveriam tomar posição, principalmente porque vivemos no Brasil "a pior situação desde a ditadura militar". "Fico um pouco triste em ver as pessoas fugindo [de se posicionar]. (...) Tem gente que dá preferência ao status e tem medo do que o público vai achar. Só que sobre esse tipo de coisa não dá para ficar quieto, porque o que estamos passando no Brasil é muito sério, é a pior situação que já passamos desde a ditadura militar. Então, acho feio um artista não se posicionar."

Marcelo D2, porém, tem esperança de que o país sairá do "buraco". "É difícil viver aqui, mas se não tivermos um pouquinho de otimismo não vale à pena. E eu acredito que as coisas vão mudar. Nós passamos pela ditadura militar e chegamos a ser a sexta melhor economia do mundo, depois caímos no buraco. Podemos aprender muito com isso", afirma.