O cantor Caetano Veloso, que tem um dos filhos, o Zeca, que faz parte da Igreja Universal do Reino de Deus, criticou durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (20), o termo "terrivelmente evangélico", usado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para se referir à nomeação de André Mendonça como ministro do STF.
"Acho a expressão do presidente muito ruim e desrespeitosa. Mas ser desrespeitoso é do jeito do presidente. A expressão não é feliz e não funciona. É uma expressão que não dá conta, é uma homenagem do presidente ao preconceito", disse.
Relação ótima
Caetano comentou ainda sua relação, que segundo ele é ótima, com Zeca e com o outro filho, Tom, que também já foi evangélico. Zeca (29) e Tom Veloso (24) são filhos do artista com a atriz Paula Lavigne.
“O Tom, quando criança, começou a ir na igreja com a babá, e arrastou o Zeca. O Tom não vai mais pra igreja, não diria que ele seja evangélico. Zeca sim, frequenta a igreja, mas pra mim é um enriquecimento, que eu tenha tão de perto e profundamente acompanhado essa movimentação da mente brasileira, porque é uma transformação na mente brasileira. É algo que tem a ver com a história, com o surgimento do protestantismo. Eu e Zeca temos um diálogo muito bom sobre tudo, música, vida, pessoas, porque ele é muito conversador. Tom não, ele só fala o essencial. Pra mim eu sinto que tô vivendo uma vida rica e real", disse.
O cantor contou ainda que a relação dos dois com Moreno Veloso, filho de Caetano com Dedé Gadêlha, que faz parte do candomblé, é ótima. Em 1979, Caetano e Dedé tiveram uma filha, Júlia, que morreu bebê após nascer prematura.