A atriz e comediante Samantha Schmütz está revoltada com a falta de posicionamento político de seus colegas artistas nas redes sociais, em especial com os assuntos envolvendo a pandemia do novo coronavírus e o governo de Jair Bolsonaro.
Muito ativa nas redes sociais, tendo quase 3 milhões de seguidores no Instagram e 370 mil no Twitter, Samantha postou que “o papel do artista é refletir sobre o que está acontecendo na sociedade, contestar. Não é só para entreter. A gente precisa tanto do povo, das pessoas, do público, e agora é a hora de quem tem voz de arregaçar as mangas e devolver um pouco. Isso é muito nítido para mim”, disse.
Em seguida, a atriz faz duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro, que, para ela, não pode ser classificado como “gestão” o que faz na área cultural.
“É indigestão cultural. É terrível, péssima, uma coisa triste, um retrocesso absurdo. Mas já sabia que isso acontecer, tanto que lá atrás eu estava nas manifestações ‘Ele Não’.”, declarou.
Em entrevista concedida à jornalista Mônica Bergamo no jornal Folha de S. Paulo, ela comentou sobre a briga com a colega atriz Juliana Paes e disse que ela “delirou”.
“Queria alertá-la, por ter respeito e carinho por ela. Eu falei: 'Talvez, se você tivesse perdido alguém por Covid, como eu perdi o Paulo [Gustavo], você pudesse estar revoltada’. No fim, ela me expôs. Não queria ter uma conversa particular exposta. Mas ela acabou se expondo mais do que eu, porque falou besteira, delirou", relembrou.
"Aquele texto que ela gravou [no vídeo] foi a resposta que me deu no WhatsApp. Pegou, copiou, botou no teleprompter e leu para as pessoas. Não entendi nada. Ela fala em polarização, mas tentou polarizar as pessoas contra mim. Reclama do discurso de ódio, mas está querendo provocar o ódio contra mim", considerou.
Sem medo de se posicionar, Samantha afirma que perder um trabalho por causa de sua militância nas redes sociais seria um “livramento”.
“Se afetar [e perder algum trabalho], vai ser um livramento. Não tenho esse medo, porque não vale a pena. Não quero agradar a todo mundo, não existe isso. Quem tudo quer, tudo perde", finalizou.