Apenas três meses depois de obter autorização da Justiça, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) anunciou nesta segunda-feira (3) que já começou o plantio de maconha em estufa da instituição. As plantas serão utilizadas em pesquisa da área Médica Veterinária que busca, entre outros objetivos, incentivar o surgimento de uma indústria canábica nacional.
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No último mês de dezembro a UFSC se tornou a primeira universidade brasileira a obter autorização para o cultivo de maconha quando a 1ª Vara da Justiça Federal de Florianópolis autorizou o professor e pesquisador Erik Amazonas, do Centro de Ciências Rurais, a produzir o extrato da planta. O processo autorizado envolve cultivo, preparo, produção e fabricação de extrato de maconha.
“Através da ciência e do conhecimento pretendemos ser catalizadores de um ecossistema favorável para a implantação de um novo setor econômico industrial no Brasil: a indústria canábica. Estamos trabalhando pela criação do Centro de Desenvolvimento e Inovação Canábica (Cedican)”, afirmou o professor ao Estadão.
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Os pesquisadores plantaram 120 sementes, das quais esperam que entre 90% e 95% possam geminar com sucesso. Entre 5 e 6 meses devem iniciar a produção dos extratos obtidos a partir destas primeiras plantas. A variação produzida é rica em CBD (canabidiol), a substância medicinal da maconha. Ao contrário do THC (tetrahidrocanabinol), o consumo de CBD não gera o famoso efeito colateral dos fumantes da erva.
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“O Laboratório Multiusuário de Análise Instrumental (Lamai), no campus de Curitibanos, tem condições de realizar as extrações alcoólica, hidroalcólica, por ultrassom e outras. Um dos desdobramentos da pesquisa é o desenvolvimento de diferentes métodos de extração para uso veterinário”, explicou o pesquisador responsável pelo projeto.
Entre as propriedades que Amazonas pretende testar para uso veterinário estão os efeitos cicatrizante e anti-inflamatório para uso direto. Também será pesquisado possíveis efeitos inseticida, repelente e desinfetante.