A Comissão Nacional de Alimentos da Argentina está analisando a possibilidade colocar a maconha no rol de alimentos permitidos e incentivados pelo governo a entrar na alimentação da população argentina.
A ideia da comissão é avaliar os benefícios econômicos e nutricionais que a introdução da farinha e do azeite de cannabis, produzidos através das sementes, no prato dos argentinos.
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A Argentina enfrenta um processo de superinflação, com mais de 100% no aumento dos preços acumulados nos últimos doze meses. A cannabis pode ser uma alterativa para melhorar a alimentação da população e garantir o acesso a nutrição de qualidade para diversas regiões do país.
"É possível se obter um maior aproveitamento das diferentes propriedades nutritivas da cannabis e de suas sementes com alto valor nutricional se considerarmos que ela é um superalimento. Na normativa, o órgão deseja "acompanhar as regulamentações nacionais já existentes sobre o cultivo de cannabis e do cânhamo" com objetivo de "propiciar o desenvolvimento das economias regionais dedicadas a este setor produtiva".
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Segundo pesquisas, a semente da maconha possui diversos nutrientes, sendo rica em proteínas, vitaminas e minerais em quantidades significativas, além de ácidos graxos essenciais do tipo ômega-3 e ômega-6.
Diversos países do mundo utilizam a maconha em forma de alimento e com tons recreativos. Nos EUA, por exemplo, doces como gummy bears com THC são consumidos em larga escala e a gastronomia canábica é um sucesso no país, inclusive com um programa na Netflix.
A proposta argentina, contudo, não envolve o consumo recreativa de maconha e permite apenas o uso da fibra de cânhamo e de sua semente, que não possui propriedades alucinógenas.
Em diversos estados indianos, a maconha é reconhecida como alimento para a população, mesmo sendo proibida para consumo recreativo, e também é uma planta utilizada para a cura através da medicina ayurvédica.