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[caption id="attachment_1201" align="aligncenter" width="800"] A Internet das Coisas interligará diversos dispositivos em uma mesma rede[/caption]
O mundo pensado no passado está se concretizando. Muitos dispositivos que eram a sensação nos filmes de ficção científica do passado estão se tornando realidade em nosso dia a dia. Alguns ainda estão apenas na prancheta, mas a cada dia surge um novo dispositivo conectado à internet ampliando sua função e impactando nossas vidas. Esta conectividade entre diversos dispositivos à rede mundial de computadores vem sendo chamada de “Internet das Coisas”, ou em inglês: IOT – Internet of Things.
Estes dispositivos conectados em uma mesma rede podem trocar informações e facilitar ainda mais a vida dos cidadãos. Contudo, fazer estes dispositivos conversarem entre si requer uma interoperabilidade que ainda não está estandardizada pela indústria o que dificulta a conexão e as possibilidades que a IOT oferece. Este é um problema que a arquitetura aberta de softwares está resolvendo. Mas o que está realmente por trás da IOT é o dinheiro. Sempre é o dinheiro. Atualmente a internet contribui com 1,74% do PIB no país. Número à frente de setores tradicionais da economia. E há ainda um campo muito grande para que esse número aumente exponencialmente basta melhorar a infraestrutura de rede, backbone e datacenters. Além, é claro, de uma legislação atual para o setor. Com estes desafios solucionados, algumas tendências que se observam nos mercados internacionais, também serão possíveis no mercado nacional, tais como: casas inteligentes, TV por IP (internet protocol) e diversos outros serviços.
Algumas empresas no Brasil já estão realizando testes com aplicações IOT. Aplicações para minimizar o furto de carros por meio da IOT e aplicações para personalizar o atendimento em postos de gasolina (ainda em conceito) da bandeira Petrobras que é capaz de reconhecer o usuário e oferecer serviços personalizados para cada cliente são alguns exemplos. A questão econômica e as possibilidades de monetização das ações das empresas dentro da IOT são muito grandes. Atualmente, os brasileiros passam 5 horas conectados à rede, destas, 4 horas conectados no celular. O Brasil já é o terceiro país mais conectados à web por celular no mundo. Estes dados demostram o enorme potencial de negócios relacionas a IOT.
Contudo, muitos vêm atribuindo à televisão, o lugar central dentro da IOT. Várias empresas estão apostando que o aparelho de TV será aquele que irá centralizar todos os dispositivos conectados de uma casa e de uma mesma família em ambientes de trabalho por exemplo. Pela televisão será possível controlar os ambientes internos da casa, compras em supermercados, tarefas, agenda e muitas outras coisas. Não necessariamente diretamente na tela da TV, mas por meio dela, através de aplicativos de segunda tela para smartphones e tabletes.
A IOT pode parecer uma dessas coisas que vimos em um filme e que levará um bom tempo para se concretizar ou talvez nem mesmo se concretize. Porém, quando um modelo de negócios já é percebido, é muito difícil que algo assim seja popularizado. A IOT está cada dia mais perto de nós. Não por acaso, as empresas de telecomunicações estão fazendo tanta pressão no governo brasileiro para cumprir o cronograma de desligamento do sistema analógico de transmissão televisiva. É por essa faixa de frequência, os 700 MHz, que as empresas de telefonia vão ofertar os sistemas 4G e 5G, que permitirão cada vez mais, dispositivos conectados em alta velocidade na internet.
E pensar que a televisão apenas transmitia informações e entretenimento.