Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som). Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Linguagem Audiovisual. Pesquisador e escritor, co-autor do "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, organizado pelo Prof. Dr. Ciro Marcondes Filho e autor dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose – a recorrência de elementos gnósticos na produção cinematográfica" pela Editora Livrus.
Top 10 de filmes e séries que estranhamente previram o futuro
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10. Team America (2004) e o ataque ao hospital dos Médicos Sem Fronteiras
Team America: Detonando o Mundo (Team America: World Police, 2004), é uma comédia politicamente incorreta onde os personagens são marionetes em cenas explicitamente violentas com mísseis, artes marciais e tiroteios associados à luta de heróis americanos contra o terrorismo internacional. O Team America (a polícia mundial do título cuja missão é proteger o mundo dos terroristas) é comicamente catastrófica em seus rompantes de heroísmo. A sequência inicial é impagável. Terroristas muçulmanos aparecem em uma praça em Paris onde estão muitas crianças, mulheres e idosos. Um deles carrega uma mala-bomba. De repente, aparece o Team America numa blitz com mísseis e bazucas. Para derrotar os terroristas, o Team America manda Paris literalmente para os ares. Diante dos parisienses atônitos, o Team America brada: “derrotamos os terroristas”, ao custo de vidas civis. Os Americanos destruíram Paris para deter os terroristas… que planejavam destruir Paris! - veja a cena abaixo. O bombardeio da força aérea Americana a um hospital no Afeganistão onde atuava a organização Médicos Sem Fronteira, matando 22 pessoas, foi uma mórbida semelhança com a ficção. A resposta inicial das autoridades militares: havia a suspeita de o hospital “abrigar terroristas”. Uma tragicômica repetição do heroism cego do Team America. Depois a versão mudou para “danos colaterais”. E depois o ataque foi qualificado como “erro”. A amoralidade dos cômicos herois da ficção repete-se de forma trágica no chamado “destino manifesto” a que se arrogam os EUA: de proteger o mundo das “forças do Mal”.9. As estranhas profecias de Americathon (1979)
8. Síndrome da China (1979): o vazamento de uma usina nuclear
O ano de 1979 parece ter sido pródigo em profecias. Síndrome da China é a história de dois jornalistas (Michael Douglas e Jane Fonda) que descobrem falhas de segurança em uma central energética nuclear. Depois de testemunharem um quase colapso, Douglas e Fonda convencem Jack Lemmon a expor a riscos da energia nuclear para o mundo. O filme foi lançado em 1979 e muito criticado pela indústria de energia nuclear como um ato irresponsável e sensacionalista por lucrar com o medo. Porém, apenas 12 dias depois do lançamento do filme uma estação de energia nuclear na Pensilvânia teve um superaquecimento em um dos reatores, levando os técnicos nucleares ao pânico. Dentro de poucas horas altos níveis de radiação foram encontrados na localidade e uma evacuação foi rapidamente ordenada. Os efeitos foram devastadores para a saúde mental da comunidade local, mas para Hollywood foi uma feliz coincidência: Síndrome da China aproveitou as semelhanças entre os dois eventos e faturou um enorme sucesso de bilheteria.7. Super Mario Bros. (1993) e o atentado do WTC de 2001
Em 1993 deu-se o início dos filmes de videogames: o filme Mario Bros., uma adaptação do game da Nintendo, foi estrelado por Bob Huskins como o Mario, John Lenguizamo como o Luigi e Denis Hopper como o ditador King Koopa. A certa altura do filme quando o nosso universo e o do vilão Koopa começam a se fundir, pessoas e prédios em Nova York começam a desaparecer e passar para o outro universo. O mais notável são os desaparecimentos das torres gêmeas do skyline da cidade. >>>>>>>>>>Leia mais>>>>>
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