James Rodriguez não quis acompanhar a delegação do São Paulo que foi até Minas e conquistou o título da Supercopa, vencendo o Palmeiras nos pênaltis. Sua decisão causou revolta entre torcedores de arquibancada, sofá e meios de comunicação. Mas uma análise mais fria mostra que ele não fez falta nenhuma nas tribunas, torcendo. Ao contrário, fez falta no campo.
O fato é que o São Paulo que vive dias de alegria e comunhão com sua torcida é um grupo de jogadores unidos, que demonstra carinho e respeito pelo clube, é um grupo cascudo, combativo, solidário, difícil de ser vencido, mas...com pouco talento. Principalmente quando Lucas não joga. Mas não é do talento de Lucas - intuitivo, encarador - que falo.
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Falta a bola pausada, a mudança de ritmo, o chute de fora da área, a cabeça pensante. Falta James, principalmente em um time que, sob o comando de Carpini, é mais rápido e direto do que com Dorival.
Se James não serve porque não sente a camisa, porque não se adapta, porque não se entrosa, porque não tem condições físicas, é necessário contratar outro jogador que pense o jogo. É preciso ir ao mercado em busca de alguém que, por exemplo, dê duas assistências em um jogo, como ele fez contra o Grêmio.
E àqueles que falam em recomposição, em falta de combatividade, é só lembrar o jogo contra o Palmeiras. Nikão deixou Wellington sozinho contra Mayke e o palmeirense levou vantagem. Rato ajudou Rafinha, mas não atacou. Luciano, todo coração, levou um amarelo com dois minutos e ficou ausente do jogo. Lucas estava nas tribunas. E Calleri não foi acionado.
James já.