Sempre que aparece a possibilidade de um clube de futebol se transformar em uma SAF ( Sociedade Anônima de Futebol ), surgem muitas discussões. Os prós e os contras vão até a mesa.
É algo que a Portuguesa não pode se dar ao luxo.
Com uma dívida de R$ 450 milhões, com apenas 300 sócios adimplentes e sem time competitivo para entrar em campo - foi eliminada pela Votuporanguense na Copa Paulista - a Portuguesa tem na SAF muito mais que a manutenção do que conquistou no ano passado: a manutenção na Série A e uma vaga na Série D do Brasileiro. É uma questão de sobrevivência.
Se cair novamente, não se levanta. É a percepção no Canindé, sobre um time que estava na Série A em 2013 e foi ladeira abaixo.
A oferta da SAF vem das empresas Tauá, Reeve e XP. É desordem de R$ 1 bilhão. Metade seria para construir uma arena com capacidade de 30 mil pessoas. Uma nova casa de shows. Outros 250 milhões seriam para pagar a dívida, com um bom deságio. E 263 milhões seriam para o futebol nos próximos cinco anos, formando times competitivos, recuperando a formação de atletas e investindo no futebol feminino.
Pode parecer ilusório, pode causar desconfiança. Pode. Mas não há uma contrapartida, não há outra opção. A decisão daí amanhã, em reunião do Conselho Deliberativo.