Nunca vou perdoar o buquê de flores com que Marta presenteou Janaína
Marta volta ao PT para ser vice de Boulos, mas sua traição sempre será lembrada
Se no futebol as batalhas são quase diárias, com dois jogos por semana, na política, o jogo é mais pensado. Um lance bem feito agora influencia o que vira daqui a dois ou três anos.
A eleição de 2024 é a primeira parte da eleição de 2026. E a eleição em São Paulo é a mãe de todas as batalhas. E Lula, que será candidato à reeleição, está jogando muito bem.
O primeiro ato foi ser avalista, já em 2022 do acordo que tirou Boulos da eleição estadual. Ele passou a apoiar Haddad em troca do apoio do PT em 2024. Houve tentativa de roer a corda, mas Lula disse "aqui, não".
E o radical do "não vai ter Copa", após um processo de amadurecimento político e de aproximação pessoal com Lula, passou a ser o candidato. Boulos é o mais petista entre os psolistas.
Então, dentro do acordo, chegou a hora de o PT indicar o vice. A vice. Lula, resumidamente, tirou Marta Suplicy do governo Ricardo Nunes e a trouxe para ajudar Boulos a ter votos nas franjas da cidade, que Marta serviu tão bem com CEUs e Bilhete Único.
Sim, Lula, o conciliador, é fiel de uma chapa que reúne um ex-crítico do PT e uma trânsfuga do PT, a golpista Marta.
É a melhor prefeita que a cidade teve. Sem dúvida. Mas é também aquela que deixou o PT falando em corrupcão e foi se aninhar nos braços de Michel Temer e o MDB. E, roída pela inveja, votou pelo impeachment de Dilma.
Marta Suplicy foi dominada por Marta Smit de Vasconcelos.
Eu votarei na chapa Boulos e Marta.
Mas nunca esquecerei o que ela fez em 2015 e 2016, no pior momento do PT e da esquerda. Voto, mas não relevo e nem esqueço. Aquele buquê entregue a Janaína, a Louca, aurora do impeachment, é um quadro pregado na parede da memõria.
Como ato de boa vontade, preferi não colocá-lo aqui.