Os grandes jogadores de futebol têm a possibilidade de conseguir o reconhecimento mundial, independentemente das camisas que defendem. Quem não ama Messi? Quem não foi fanático por Pelé? Há um potencial enorme de paixão envolvido. Tem gente que se prepara para isso. O garoto Endrick, 17 anos, já estuda inglês e espanhol para chegar o mais longe possível, não vai parar no Real Madrid. Não quer polêmica, não quer atrito, quer aproveitar todo o amor que pode receber.
Neymar, ao contrário, faz de tudo para que não se goste dele. Quando machucou o joelho em 17 de outubro, no jogo das Eliminatórias contra o Uruguai - uma contusão que o deixará fora do futebol até agosto - não houve uma comoção nacional. Muita gente, inclusive, pensou que a queda - sem contato com outro jogador - seria mais uma das presepadas que fez na Copa de 2018.
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Na semana passada, Neymar soltou um vídeo mostrando todo o sofrimento que está passando com a fisioterapia. Chora muito com o tratamento. É hora de solidariedade e ela chegou, não na intensidade que seu futebol merece, mas chegou. Agora, uma semana depois, Neymar está participando de um cruzeiro no Brasil. É a atração, com seus amigos de sempre e alguns cantores. As pessoas pagaram caro para poder vê-lo.
E a fisioterapia?
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É difícil acreditar que o melhor tratamento para a recuperação do joelho seja em alto mar. É uma traição ao futebol, é desprezo a quem gosta dele. E é falta de profissionalismo com seu clube, o Al-Hilal, da Arábia Saudita, clube que lhe paga o terceiro maior salário do mundo.
E, se Neymar não estivesse contundido? Estaria na Arábia jogando ou no cruzeiro, ganhando uma merreca - para seus padrões, é claro? O contrato com o cruzeiro não foi feito agora, com certeza.
O certo é que, de Neymar, só se ouve que casou, que traiu, que reatou, nada de futebol.
Parece que ele não gosta mais daquilo que todo brasileiro gosta: correr atrás de uma bola.
É triste.