Depois de 19 anos, o Santos volta a perder por 7 x 1 no Brasileiro. E, se a dor e a vergonha são iguais, o de hoje contra o Inter é muito mais perigoso do que aquele contra o Corinthians de Tevez por trazer a possibilidade cada vez maior de rebaixamento. Sorte que o Vasco também perdeu para o Flamengo, mas azar que o Cruzeiro venceu o Galo. Agora, Santos e Vasco estão com 30 e Goiás com 31. No momento, a briga é esta e apenas um se salva.
Há tempos o Santos brinca com fogo. No Paulista não passa da primeira fase. E no Brasileiro se salva no final. São muitas atitudes erradas do presidente Rueda. Tudo pode ser resumido da seguinte forma: em um jogo decisivo, contra um adversário direto, o Santos vai a campo com um goleiro que pode ser chamado de interino. Vladimir era do Santos, foi para o Fortaleza, depois para o Avaí, não se firmou e voltou para o Santos.
Um terceiro goleiro, atrás de John e João Paulo. Só que John saiu e ele foi promovido. E o perigo de ter jogador ruim no time é que um dia ele entra. E joga mal. Foi assim, não poderia ser de outra forma.
E Marcelo Fernandes? Depois das demissões de Diego Aguirre e, antes, Paulo Turra, o Santos resolveu apostar no interino. Foram três vitórias seguidas, mas o efeito parece ter acabado. Marcelo é outro que foi revelado pelo Santos e que nunca se criou fora da Vila. Foi campeão paulista em 2015, mas a carreira não decolou. Voltou para o ninho. Fica lá e....surpresa, um dia assume. E, como sempre, é difícil dar certo.
Na quarta-feira, o Santos enfrenta o Coritiba em casa. Precisa vencer sim ou sim. E torcer para o Fluminense contra o Goiás e o Inter contra o Vasco. E talvez um empate entre Cruzeiro e Bahia. Se tudo der certo, significa um alívio, nada mais. Até o fim - será? - a calculadora será companheira fiel do torcedor santista.