Tite recusou o apelo do Corinthians em frangalhos e aceitou o convite do Flamengo, uma constelação que não tem brilhado. O seu "não" magoou parte da Fiel Torcida, que contava com sua volta desde que Marquinhos errou aquele pênalti contra a Croácia, que sacramentou o fim dos seis anos do treinador à frente da seleção.
Quando Fernando Lázaro, ainda antes da Copa, abandou a comissão técnica de Tite para assumir o Corinthians, ficou claro, para muitos, que estava apenas esquentando o lugar para o homem que comandou o Corinthians nas conquistas da Libertadores e do Mundial. E depois, cada semana em que Tite não recebia um convite para dirigir na Europa, era, com certeza, uma semana a menos para a volta do Salvador.
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Não houve volta. Tite foi consultado e não quis voltar. Disse que não trabalharia até o final do ano. E houve quem tivesse certeza que um técnico tampão estaria no banco até o 1 de janeiro de 2024, com a volta de Adenor.
Nada disso. Ele resolveu voltar a trabalhar. Fora da Europa. Antes do final do ano. No Flamengo e não no Corinthians. Uma decisão que soou como traição. Algo que Murici nunca fez e, tudo indica, nunca faria com o São Paulo.
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Tite está errado ao preferir dirigir o melhor elenco do Brasil, pronto para tentar ainda uma vaga na Libertadores ou - quem sabe? - até protagonizar uma saga terminando com a conquista do título, mesmo estando onze pontos atrás do Botafogo, ao faltarem apenas 12 rodadas para o final do Brasileiro? O que lhe poderia dar o Corinthians, além de um elenco desequilibrado, mal construído e com dificuldades para permanecer na Série A?
Adenor Bachi preferiu o que mais lhe convinha. Optou por quem pode lhe dar melhores condições para recolocar nos trilhos uma carreira abalada por duas Copas do Mundo se nenhum protagonismo. Seu nome já está na história do Corinthians. A meta agora é entrar na história do Flamengo.