A privatização da Sabesp remonta aos tempos da privataria tucana. Agora é a privataria bolsonarista, que ganha força no personagem de Tarcísio de Freitas, que em menos de dois anos de governo conseguiu privatizar a maior companhia de água e esgoto do Brasil, em uma venda muito suspeita, com indícios de corrupção.
A pivô do escândalo é a executiva Karla Bertocco, que acumulava cargos na Equatorial e na Sabesp. Apenas 23 dias depois da aprovação da privatização da Sabesp pela Assembleia Legislativa, Bertocco abriu mão do seu cargo na Equatorial, onde ganhava cerca de R$ 1 milhão por ano, mantendo-se apenas como CEO da Sabesp, com um salário de R$ 160 mil por ano. Dadivosa?
A decisão, que não fazia qualquer sentido em termos salariais, começa a ser explicada agora, sete meses depois, quando a Equatorial foi a única interessada no leilão das ações da Sabesp, comercializadas abaixo do valor de mercado.
Um escândalo que a mídia comercial, representante do mercado financeiro, está escondendo por seu interesse na “terceira via”.
Confira a análise de Renato Rovai, editor da Fórum.