A mídia liberal resgatou o velho ranço com os sites progressistas – que romperam o monopólio da informação – após a Fórum desconstruir o factoide da "dama do tráfico", criado pelo Estadão para atacar o ministro da Justiça, Flávio Dino. O tabloide ultraconservador tenta se colocar como vítima, quando na verdade a grande “vítima” dessa história toda é o próprio Dino e seus assessores, que se viram alvo de uma enxurrada de fake news e ataques contra sua honra motivados por uma armação.
Por que “armação”? Duas fontes com quem a Fórum conversou confirmaram que a reportagem da suposta “dama do tráfico” chegou pronta no veículo. Não foram os repórteres do Estadão que ficaram fuçando o site do Ministério da Justiça procurando reuniões de secretários de Dino para encontrarem uma esposa de um traficante do Amazonas e lhe atribuírem o epíteto de dama do tráfico. Isso teria vindo como um dossiê – provavelmente preparado por algum desafeto de Flávio Dino ou que tinha algum interesse em desgastá-lo – que chegou para a editora-chefe de Política do Estadão, Andreza Matais, e que ela repassou à “apuração” dos repórteres.
O folhetim conservador ainda tenta atacar a Fórum após reportagem exclusiva mostrando que jornalistas do Estadão denunciaram ao Ministério Público do Trabalho (MPT) suposto assédio moral praticado por Matais no caso “dama do tráfico”. Fato objetivo, o processo existe e pode ser checado neste extrato de procedimento: NF 03 00032023.10000-2. A editora foi ouvida pela reportagem, nenhuma foto dela foi publicada.
O jornalismo não é imune a críticas, e o Estadão não é a vítima aqui.
Confira a análise de Renato Rovai, editor da Fórum.