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A presidenta Dilma Rousseff esteve na Feira do Livro de Buenos Aires neste 1º de Maio e fez um discurso forte para as aproximadamente 2 mil pessoas que lotaram o auditório principal do evento.
“Eu temo pela vida de Lula, pela água que ele toma, pela comida que come. E acho que vocês deveriam temer também. Os golpistas são capazes de tudo e precisam eliminar a Lula", denunciou.
A presidenta disse que na época da ditadura militar havia três momentos diferentes de prisão. O primeiro em que se ficava clandestinamente sendo interrogado. E que naquele primeiro momento as pessoas sofriam todos os tipos de tortura. O segundo quando eram cadastrados na polícia e no qual já havia um tratamento um pouco melhor. E depois quando o preso era cadastrado no sistema judicial. E aí, segundo ela, já tinha direitos e recebia visitas de amigos e familiares.
“Naquele tempo a justiça não tratava um preso político como o Lula está sendo tradado”, afirmou. Dilma denunciou que ele sequer pode ser atendido pelo seu médico neste quase um mês que está encarcerado numa solitária de Curitiba. E que visitantes ilustres, como o prêmio Nobel da Paz, Adolfo Perez Esquivel, que estava na mesa do evento, também não tiveram autorização para vê-lo.
Participaram do evento com Dilma o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper, Cuauhtémoc Cardenas, ex-candidato a presidente do México pelo PRD, juristas brasileiros, como a professora Carol Proner, que lançava o livro Comentário de Uma Sentença Anunciada, dirigentes políticos argentinos, sindicalistas e militantes sociais, como a dirigente das Mães da Praça de Maio, Estela de Carlotto.
Em muitos momentos a plateia presente puxou o coro de Lula Livre. O evento foi organizado pela Clacso (Conselho Latino-americano de Ciências Sociais) e pelo Jornal Página 12.