Pesquisa Ipsos: 73% dos brasileiros consideram que Lava Jato persegue Lula

Mesmo preso, Lula derrota a Lava Jato. Ampla maioria da população considera que ele é perseguido político da República de Curitiba

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  O Estado de S. Paulo de hoje traz reportagem com base em pesquisa do Instituto Ipsos que revela um país rachado em relação à prisão de Lula: 50% seriam a favor e 46% contra. Ou seja, o resultado está na margem de erro. Mas o mais interessante do estudo é que existe uma forte percepção de que “os poderosos querem tirar Lula da eleição”: Dos entrevistados, 73% concordam com essa afirmação, e 23% discordam. A maioria, 55%, também concorda com a avaliação de que “a Lava Jato faz perseguição política contra Lula”. Outro dado relevante da pesquisa é que para 52% dos entrevistados, não é correto afirmar que “a Lava Jato está investigando todos os políticos”. Só 41% estão de acordo com essa avaliação. Além disso, a percepção de que “a Lava Jato está investigando todos os partidos” atingiu o mínimo histórico da série de pesquisas Ipsos. Neste levantamento,  43% dos eleitores manifestaram concordância com a frase e 47% disseram o contrário. Esse dado é o mais interessante da pesquisa porque evidencia a ampliação da desconfiança da população em relação à Lava Jato. E se a tendência continuar, vai ser criar o efeito boca de jacaré. Quando um sentimento ultrapassa o outro e aquele que antes era o mais popular, deixa de sê-lo. Em eleições isso costuma ser fatal. Neste caso, se trata de uma disputa que de certa forma é inexistente, entre Lula e Lava Jato. Mas que será fundamental para definir as eleições de 2018. É a primeira vez, em dois anos, que aparece como minoritária a parcela da população que compartilha da avaliação de que todos os partidos são investigados. Em abril de 2016, 66% da população via a Lava Jato como empenhada em investigar todas as legendas – 23 pontos porcentuais a mais do que agora. O levantamento da Ipsos começou no sábado, 7, dia em que Lula foi preso, e se estendeu até a segunda-feira, 9. Foram ouvidas 1.200 pessoas. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. Foto: Francisco Poner