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José Yunes deixou o governo porque foi delatado por receber 1 milhão da Odebrecht em seu escritório na campanha de 2014. O dinheiro seria oriundo de caixa 2.
A história voltou à tona com a surpreendente declaração de Yunes de havia sido "mula" de Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil. Que em ato continuo pediu licença do governo pra fazer uma operação da próstata.
De repente ressurge o importante advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira que havia sido cogitado duas vezes para o cargo de ministro da Justiça e passa a ser dado como nome quase certo pra um carguinho de quarto escalão que cuidaria da questão penitenciária.
Temer se reúne às escondidas com Yunes, num dentista, e depois vai encontrar Mariz na Fiesp. Ninguém acha nada estranho.
O que a mídia tradicional não diz por preguiça ou má intenção mesmo é que Mariz é primo da esposa de Yunes, Célia Yunes.
Antonio Claúdio era filho de Waldemar Mariz de Oliveira Júnior e Célia de José Augusto Mariz de Oliveira.
O filho do casal, José Yunes e Celia, responsável pela construtora Yuni, tem o sobrenome das duas famílias, Marcos Mariz de Oliveira Yunes.
Ou seja, Yunes e Mariz não são apenas colegas de advocacia ou amigos de muitos anos. São parentes.
Por que então a primeira reunião de Temer foi só com Yunes e apenas depois dela ele foi procurar Mariz?
Porque saiu daquele encontro dizendo que convidou um dos mais brilhantes e importantes advogados de São Paulo para um carguinho de quarto escalão?
O que isso tem a ver com o anúncio de saída do governo de Sandro Mabel, que, segundo o site porta-voz do governismo, o Antagonista, era o lobista de Temer?
O que isso tem a ver com a crise entre Yunes e Padilha?
É impressionante como a cobertura midiática sobre o governo Temer é pra inglês. Até agora, por exemplo, nenhum veículo, além dos blogues progressistas, se debruçou no calhamaço de documentos do Tabapuã Pappers. Imaginem se fossem documentos de Antônio Palloci que revelassem negócios dele com Lula.