Dono da agência FNazca, que teve conta da Petrobras, chama Lula de pulha e achincalha velório de Marisa
Eu não a agrediria no momento de sua passagem. Acho cruel. Daria trégua ao cafajeste que foi, por 43 anos, seu sócio. Acho redundante.
Alguém aí assistiu ao vídeo do comício com corpo presente? Eu contei: 193 vezes Lula se referiu a ele próprio. 41 vezes à Marisa. Se isso não é tripudiar e desrespeitar a morte de uma pessoa, eu não faço mais ideia do que seja. Lula falou do sindicato, do Brasil, da perseguição à que estaria sendo submetido, do PT, do "companheiro" seu filho, da "companheira" que fez o parto do último filho de graça, do Dr. Jatene que operou o coração do segundo filho (de graça também?), do Hospital São Luiz, disse que a conta bancária dele sempre esteve em nome da mulher e que esta "jamais lhe pediu 1 centavo" (não deveria ser o oposto, já que ele não tinha conta no nome dele?), da "direita canalha", de como ele é honesto, de como ele vê o casamento (um lugar democrático em que o homem tem que ceder à mulher e aos filhos), de como ele vê o papel da mulher de um presidente da República (cuidando dos filhos, dando segurança para o presidente não fazer as bobagens "que outros presidentes fizeram nesse país"), de como ele pretende viver por muitos e muitos anos para fazer com que os "canalhas" que mentiram sobre ele e Marisa peçam desculpas. Naturalmente que se deve respeitar o luto de quem quer que seja. Ainda que esta pessoa seja um pulha como o Lula. Ainda que esta pessoa seja acompanhada em seu momento de tristeza de boa parte dos detentores do nosso PIB (Propina Interna Brasileira), gente da laia de Lindbergh Faria, Rui Falcão, Paulo Okamoto, Dilma Rousseff, Guilherme Boulos, e outros de igual baixeza. Ainda que esta pessoa seja tão descarada ao ponto de dizer que "jamais brigou" com a ex-primeira dama porque "quando ela queria brigar" ele dizia: "Marisa, não adianta: eu não vou brigar com você". Tudo isso, nós podemos aceitar. Só não dá para concordar com a perplexidade de virgens santas que cuspiram sobre a memória de Dona Ruth Cardozo e a dor de FHC quando perdeu sua esposa e que agora exigem silêncio e respeito ante a morte daquela que nunca pediu dinheiro ao marido - talvez apenas para colocar Botox, fazer plásticas e exigir esmero da Odebrecht e da OAS na reforma dos imóveis que nunca foram dela ou de seu marido - indignados com supostas agressões a esta grande guerreira do povo brasileiro, nas redes sociais. Eu não a agrediria no momento de sua passagem. Acho cruel. Daria trégua ao cafajeste que foi, por 43 anos, seu sócio. Acho redundante. Mas, francamente, nem os mais insensíveis precisariam disso. Lula e os padrecos da esquerda mofada e modorrenta, associada aos pobre-coitados manipulados do sindicato velhaco de São Bernardo cuidaram do serviço sozinhos. Veloriomício é a primeira vez que eu vejo.