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A Globo já afastou William Waack da apresentação do Jornal da Globo, numa decisão tão contundente quanto rápida. Na nota, disse que “é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações”.
A Revista Fórum se não foi o primeiro veículo a publicar a história, foi um dos primeiros. Porque a história surgiu no Twetter e o redator, Julinho Bittencourt, por um acaso, seguia alguém que teve acesso ao vídeo logo que foi postado.
Antes de autorizar a publicação, assisti ao vídeo algumas vezes. Autorizar uma publicação dessas não é uma decisão fácil. Mas não havia chance de aquele vídeo ter sido editado. A redação da Fórum decidiu então por publicá-lo.
Depois dessa decisão, a apuração continuou. Quem era a pessoa que estava com Waack e que, de certa forma, mesmo constrangido, deu risada da frase racista de Waack? Fórum fez uma matéria para explicar quem era Paulo Sotero.
E fomos dando toda a repercussão do caso, até a queda de Waack que foi prevista neste blogue logo ao final tarde. Quem está na rede há muito tempo, sabe que uma tsunami dessas não pode ser contida nem pela toda poderosa Globo. Foi um massacre.
Mas antes mesmo de Waack cair conversei com uma pessoa que trabalhou na Globo por mais de uma década e que me garantiu ter conversado com alguns colegas da emissora. Sua tese: isso tem cheiro de golpe.
Waack é um profissional caro e chato. Ninguém mais na Globo o suportava. Nem mesmo a audiência. Nem mesmo Ali Kamel. Mas Waack é alguém que tem um certo poder e demiti-lo sem mais nem menos não seria tarefa fácil nem pra Kamel.
Como Waack sempre faz esse tipo de graça canalha, qualquer um que quisesse detoná-lo, saberia que uma pesquisa iria revelar vídeos como este.
Ou ainda, essa pessoa pode ter guardado este vídeo para o momento oportuno.
Ou seja, agora começa uma nova apuração. Quem soltou este vídeo racista de William Waack? E com que interesse?
Não é algo tão difícil de descobrir e pode ser algo tão demolidor quanto o próprio vídeo.