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Está virando um consenso nas minha bolhas da rede que este 2016 tá osso. Ninguém aguenta mais tanta tragédia, em especial os humanistas e os democratas com viés de esquerda.
Um ano para esquecer ou talvez para nunca mais deixar de lembrar.
Golpe, Trump, morte de Fidel, cortes sociais, privatizações, tragédia com o Chapecoense, Brexit, derrota do acordo de paz na Colômbia, ampliação da crise da Síria... Se continuar listando, vai longe.
O Brasil tá pagando um preço alto, mas o fato é que o caos tá meio generalizado.
Os franceses, por exemplo, tão achando que isso só pode se resolver pela direita. Quase 1/4 deles estão pretendendo votar na Le Pen, que dispensa apresentações. E mais gente ainda deve apostar em François Fillon, um tipo parecido com Armínio Fraga e Meirelles.
A esquerda, a centro-esquerda e mesmo o centro quase certamente estarão fora do segundo turno. A disputa final será entre a extrema-direita e a direita neoliberal.
O que fazer quando o samba desafina deste jeito.
Ter muita tranquilidade e às vezes deixar o mar navegar, como recomenda o poeta....
Não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar.
Sair desesperado gritando que a culpa foi do mordomo, do garçom, do menino do MPL ou daquele amigo que não concordou contigo só vai te levar a ruminar ódio.
A viver pastando no mesmo lugar, onde a grama já virou lama.
É o momento de esperar a poeira baixar, de escutar o vento, de rezar pras ondas diminuírem de tamanho e para as nuvens subirem, fazendo sumir a neblina.
Pode demorar um pouco, mas não vai demorar tanto assim também.
Em tempos de redes digitais tudo acontece de forma mais rápida.
E quem parece estar com tudo num dia, no outro está pedindo socorro.
Para o jornalismo vale a mesma regra.
Não adianta querer ser o dono da corte do Facebook o tempo todo. Porque o risco de virar o bobo da corte é imenso.
Ontem tivemos um bom exemplo disso.
Não trate tudo como se fosse um click. Há mais coisas a se avaliar na hora de buscar mais leituras para a sua postagem.
Enfim, tá osso, mas faz parte. Um ano pra esquecer às vezes é também o ano para sempre se lembrar.
Passar por 2016 vai nos fazer mais fortes. Até porque, 2017 não promete nada tão melhor assim.