Solidariedade a Gilberto Carvalho vira carta aberta nas redes

Gilberto Carvalho está neste momento tendo a sua vida e a da sua família completamente devassada. E até onde se pode perceber, sem motivos sólidos. Alguns de seus amigos e companheiros de jornada estão divulgando uma carta aberta na rede de apoio ao colega. Junto-me a eles.

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Algumas pessoas nos inspiram grande confiança mesmo quando a gente não tem grande intimidade. Estive poucas vezes com Gilberto Carvalho e nunca o tive como fonte. Mas ao mesmo tempo sempre obtive as melhores referências dele. Gilberto Carvalho está neste momento tendo a sua vida e a da sua família completamente devassada. E até onde se pode perceber, sem motivos sólidos. Alguns de seus amigos e companheiros de jornada estão divulgando uma carta aberta na rede de apoio ao colega. Junto-me a eles. Até o momento não tenho motivo algum para não tê-lo em alta conta. E para não reputá-lo como um homem público bem (mas bem mesmo) acima da média. Segue a carta.   Carta de Apoio ao companheiro Gilberto Carvalho   #SomosTodosGilbertoCarvalho #EuApoioGilberto   “Todos juntos somos fortes Somos flecha e somos arco Todos nós no mesmo barco Não há nada pra temer”   (Chico Buarque, 1977)     A luta pela transformação social por meio da construção da democracia – com a ampliação de direitos a todas e todos os cidadãos, a construção de instituições republicanas, a liberdade de expressão, conforme a Constituição Cidadã de 1988 –, sempre teve em Gilberto Carvalho um de seus maiores militantes. Temos orgulho, portanto, de sermos companheiras e companheiros de Gilberto nesta luta. Em 12 anos, tanto na chefia de gabinete do presidente Lula, quanto no ministério da presidenta Dilma, manteve-se referência dos movimentos sociais, procurando intermediar as pautas construídas nos espaços públicos e na discussão com toda a sociedade, fortalecendo os instrumentos para o debate democrático nacional. Tem trajetória irretocável, desde a década de 1970, nas Comunidades Eclesiais de Base, enquanto militante em defesa dos direitos humanos, olhando especialmente os/as desvalidos/as, historicamente discriminados/as, racializados/as e excluídos/as. Pobres, sem-terra, negras/os, mulheres, LGBTs, indígenas que apesar dos muitos avanços desde a Constituição de 1988 ainda sofrem com o desrespeito aos seus direitos fundamentais – cotidianamente afrontados pelo dispositivo midiático empresarial, pela direita oposicionista (no parlamento e na sociedade civil) e parte do sistema de justiça. Gilberto Carvalho sempre se colocou como um aliado destes segmentos marginalizados e de suas organizações. Constitui-se em ameaça ao Estado Democrático e de Direito, neste sentido, que este conhecido militante da democracia sofra da violência política, promovida ou com a anuência de agentes públicos (setores do Ministério Público, Polícia Federal e Judiciário). Tais setores procuram atingi-lo até a partir da intimidação de sua família (diretamente seus filhos e filha adultos), com base em pedido de investigação sem fundamento na realidade, antes sim em notícias das empresas de mídia sabidamente partidárias, que incentivam diuturnamente o ódio político, disfarçado de “combate à corrupção”. Expõem sua família, antes de tudo, ao tribunal midiático, à violência moral. Tudo isso, mais uma vez, para atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff, mas também para tentar desmoralizar um militante da transformação social, para que sirva de exemplo aos demais. Assim querem nos dizer: “não se insurjam contra a injustiça e a desigualdade, pois pagarão caro”. Não baixamos a cabeça para a tentativa de manchar a dignidade de Gilberto e sua família e respondemos: não passarão! Em defesa da democracia e como forma de apoiar Gilberto Carvalho e sua família nesse momento subscrevemos este documento: Alessandro André Leme – Sociólogo e Professor da UFF Alexandre Colli de Souza – Antropólogo Amanda Beraldo – Professora da Rede Estadual de São Paulo Ana Maura Tomesani – Doutoranda IRI – USP Aparecido Evangelista (Cidão) – Assessor da sub-sede da CUT de São Carlos Camila Maria Risso Sales – Doutoranda Ciência Política – UFSCar Carlos Eduardo Costa – Doutor em Antropologia Daniel Pícaro Carlos – Professor da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul Daniela Mara Gouvêa Bellini  - Pedagoga e Promotora Legal Popular Danilo César Souza Pinto – Professor UESB Danilo de Souza Morais – Sociólogo e militante da Coordenação Nacional de Entidades Negras - CONEN Edinaldo Ferreira – Coordenador da sub-sede da CUT de São Carlos Eduardo Biagioni – Indigenista Especializado, chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial – FUNAI Araguaia Tocantins Erica Ambiel Julian – Doutoranda Ciência Política – UFSCar Erick Silva – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos Grissia Godoi Rodrigues – Pedagoga, Militante da Economia Solidária Heres Emerich Pires - Bibliotecário Ícaro Araújo Silva – Estudante do Ensino Médio Ivã Gouvêa Bocchini – Indigenista do ISA Jean Tible – Professor do departamento de Ciência Política USP João Veridiano Franco Neto – Professor IFBA Jonathan Trevisan Castro – Cientista Social José Ricardo Marques dos Santos – Doutorando Sociologia - UFSCar Karina Araujo Mariano – Indigenista Leandro Garcez Targa – Doutorando Ciência Política – UFSCar Marcelo Spadaro Marcos Duarte – Membro da Executiva do PT- SP Paulo Henrique Canhoto Alves Paulo Ramos – Secretário Estadual de Combate ao Racismo PT-SP Raquel Auxiliadora dos Santos – Pedagoga e Promotora Legal Popular Ronaldo Lopes – Vereador do PT São Carlos Severine Macedo – Ex Secretária Nacional de Juventude. Silvano da Conceição – Sociólogo e Professor da UESB Tamires Gomes Sampaio – Juventude da Coordenação Nacional de Entidades Negras e Vice-Presidente da União Nacional dos Estudantes Tatiane Marina Pinto de Godoy – Geógrafa e Professora da Universidade Federal de São João del-Rei   Para subscrever envie um e-mail para: euapoiogilberto@gmail.com