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Levy Fidelix é um pulha. E um pulha insignificante. Tanto que não consegue se eleger nem a vereador. Duvido que seria eleito síndico de um condomínio onde as pessoas desejassem algo mais do que uma pessoa caricata a coordenar a entrada e a saída do edifício. Levy Fidelix é uma das demonstrações mais claras da necessidade da reforma política. Só existe porque a nossa legislação permite partidos que só existem, como registrou Kennedy Alencar em um dos debates, para servir de linhas auxiliares de outros que disputam de fato as eleições. No popular da política, são chamados de partidos de aluguel.
Ser um pulha é uma opção. Às vezes, como no caso de. Levy, pode ser um negocio. Mas ser homofóbico para ganhar destaque na caricatura que representa é algo que não permite concessão.
A bizarra resposta de Fidelix a Luciana Genro no debate de ontem na Record merece ser levada a sério e motiva inúmeros processos e protestos. A comunidade LGBT deve procurar todos os instrumentos judiciais possíveis para que Fidelix tenha que despender recursos para se defender.
A comparação abjeta que ele fez de pedófilos com homossexuais é criminosa. Não permite nenhum tipo de negociação.
Mas se Fidelix se comportou como um escroto, a reação da plateia de jornalistas e assessores que acompanhavam o debate não foi menos bizarra e ridícula. Foi possível ouvir as gargalhadas da turma que estava no estúdio.
Ninguém vai denunciar de onde vieram as gargalhadas? Todos vão ser cúmplices deste que foi o pior momento dessas eleições presidenciais? Será que esses que riram não se dão conta que são discursos violentos como este de Levy Fidelix que levam jovens homossexuais a serem agredidos e assassinados?
A resposta sem vida que Luciana Genro deu a Fidelix também entra no rol dos piores momentos do debate de ontem. Luciana ficou mais indignada com Aécio lhe chamando de linha auxiliar do PT no debate anterior do que com a resposta bizarra de Fidelix ontem. Ali ela não usou nem o "uma ova" para confrontá-lo. Os outros candidatos também poderiam ter dito algo nas considerações finais. E neste caso, principalmente Luciana Genro que teve tempo de respirar no intervalo e pensar melhor no que tinha ouvido e no que havia deixado de falar na sua réplica.
Mas que nada. Todos deixaram para lá. E as gargalhadas de uns e os sorrisinhos de canto de boca de outros levou Fidelix a sair como o rei da noite.
O rei de uma sociedade medieval que trata homossexuais como pedófilos. É abominável que ainda tenhamos que conviver com isso.