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Se você não assistiu os vídeos em que os repórteres Guga Noblat, do CQC, e Marlene Bergamo, da Folha são atacados pelos manifestantes que acreditam estar defendendo nas ruas o Estado democrático, assista. Eles estão aí embaixo do texto e somados permitem uma aula em qualquer curso e para estudantes de qualquer idade. Pode-se falar de democracia, de liberdade de imprensa, de cultura do ódio, entre outras coisas.
O fato é que ao estimularem seus pit-bananas a ladrarem contra o que chamam de aparelhamento do Estado, golpe comunista, falta de liberdade de expressão e outras cositas mais, alguns velhacos da mídia chocaram o chamado ovo da serpente. E colocaram parte das pessoas que hoje dormem e acordam xingando o PT contra seus colegas de profissão.
Aliás, alguns deles, como o blogueiro da Veja e agora apresentador (só um minutinho que eu preciso dar uma sonora risada) de programa de rádio na Jovem Pan, Reinaldo Azevedo, utilizam seus espaços para criticar os jornalismo aparelhado o tempo todo.
Segundo eles, petistas das redações degradam a cobertura dos atos da bananada e tratam democratas que pretendem libertar o país como golpistas.
Como esse pessoal é limítrofe, a ordem lhes parece algo como: “ataquem os jornalistas que estiverem cobrindo os atos, eles também são seus inimigos”. E de alguma forma, não estão completamente enganados. Porque foram alimentados pelo ódio contra tudo e contra todos que não concordam com o ódio que seus tios da mídia destilam.
Os jornalistas sérios (e são muitos) que trabalham em veículos da mídia tradicional precisam reagir não só produzindo textos condenando essas ações, como se diferenciando daqueles que se tornaram seus capitães do mato.
O macartismo que foi tratado por alguns como algo inofensivo agora se tornou um monstro. Pode-se deixar o monstro à vontade por aí fazendo das suas, mas pode-se também buscar derrotá-lo.
O que não dá mais é fazer de conta que ele não existe. E que não é alguém que às vezes você acha até engraçadinho.