Fotógrafo japonês agredido por policial desmente Globo News

Globo News informa que repórter japonês foi atingido por coquetel molotov de manifestantes. Ele desmente emissora e diz que foi agredido pela PM.

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As manifestações de ontem,22, durante a chegada do papa ao Rio de Janeiro, foram recheadas de absurdos. Vários P2 (policiais infiltrados) estimulando a violência, ninjas presos por transmitirem os atos ao vivo, além dos canhões de água, balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio já habituais instrumentos de "paz" da polícia carioca.

A Rede Globo, como também não poderia faltar, deu a sua “contribuição” através do noticiário do seu canal fechado de notícias, a Globo News. O jornalismo global cravou que um jornalista da agência France-Presse, Yasuyoshi Chiba, teria sido atingido por um coquetel molotov (veja o vídeo AQUI).

Entretanto, Chiba desmentiu a Globo News em matéria divulgada pelo site da AFP. O fotógrafo afirmou que foi agredido quando tentava registrar a prisão de um manifestante por policiais militares. Mesmo levantando as mãos e mostrando a câmera para ser identificado como fotógrafo, Chiba foi atingido por um golpe de cassetete desferido por um policial militar.

"Vi um manifestante cair no chão. Os policiais o agarraram e o levaram. Fotografava a cena quando fui bruscamente empurrado por outros policiais. Então levantei os braços com minha câmera para mostrar que era fotógrafo e que tinha intenções pacíficas, mas um policial de uniforme e escudo me acertou a cabeça com o cassetete", revelou o fotógrafo.

Carregando a mão na ingenuidade, é possível acreditar que a informação equivocada tenha sido fruto da rapidez na apuração e do dinamismo necessários para uma cobertura ao vivo. O difícil é acreditar que alguém atingido por um coquetel molotov não apresente uma queimadura sequer. E a própria imagem da Globo News mostra isso.

Mas quem vai se importar com queimaduras quando se tem um alvo claro, os manifestantes que precisam ser considerados baderneiros.