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Hoje pela manhã o prefeito Fernando Haddad esteve com uma das lideranças do Movimento Passe Livre, Nina Cappelo, estudante de Direito da USP. O objetivo da reunião foi antecipar o encontro de amanhã, com o Conselho da Cidade, cujo principal tema será o do aumento da tarifa.
Na reunião, realizada às 8h30, foram discutidas algumas possíveis soluções para financiar o transporte público com o objetivo de impedir que seja bancado quase que exclusivamente pela população. O prefeito Fernando Haddad teria ponderado que há pautas comuns que podem unir o movimento e o seu governo, como a de que os grandes municípios deveriam receber uma parcela do recurso arrecadado pela Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) para auxiliar o subsídio ao transporte público municipal.
A reunião entre o prefeito e a representante do MPL aconteceu antes da coletiva de imprensa que o movimento concedeu a aproximadamente 50 jornalistas no auditório do Sindicato dos Jornalistas. Confrontados com a informação, Erica de Oliveira, Caio Martins, Rafael Siqueira e Monique Félix, que concederam a coletiva pelo MPL, preferiram não confirmar o encontro com o prefeito.
O blogue, porém, checou a informação recebida com diferentes fontes e antes de publicar tentou via a assessoria do MPL o contato da representante que esteve na reunião.
Na coletiva, entre outras coisas, os representantes do MPL afirmaram que vão participar da reunião do Conselho da Cidade amanhã e que, na ocasião, convidarão o prefeito para participar de uma reunião de negociação, na quarta-feira, às 10h, no Sindicato dos Jornalistas. O MPL entende que o Conselho da Cidade não é o local apropriado para uma negociação.
O blogue também apurou que para pressionar o governo do Estado e a Prefeitura a intensificarem as negociações, o MPL está considerando convocar novo ato para a terça-feira.
Na coletiva de hoje as lideranças foram muito cobradas pelos jornalistas dos veículos tradicionais a respeito do fato das manifestações estarem parando a cidade. A resposta de Caio Martins, estudante de história, deveria levar aos que têm a mesma preocupação de muitos jornalistas à reflexão. “É até irônico ouvir este tipo de pergunta. Se uma manifestação em uma via para a cidade inteira alguma coisa está errada, né? A cidade está parada. E o nosso movimento também é para mudar isso. Para que os governos passem a olhar mais o transporte público e menos o individual”.