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A candidata a prefeita do PPS, Soninha Francine, respondeu na sua conta do Ask.FM à pergunta se era amante do Serra com uma resposta bem objetiva: sim.
Há pouco ele deu a entender, na sua conta do Twitter, que isso teria sido algo irônico. E aproveitou para criticar um jornalista que teria entrado em contato com ela para checar a informação.
Ou Soninha foi sincera, o que seria algo até louvável. Ou quis ser "engraçadinha" e fez palhaçada com a vida privada dela e de outro candidato a prefeito.
Em ambos os casos o episódio merece tratamento de notícia. Mas ao que parece isso vai passar batido, porque não interessa à candidatura do candidato a presidente...ops, prefeito, José Serra.
A exploração de temas da vida privada em campanha eleitoral é algo que em nada colabora com o processo democrático, mas se o candidato coloca a questão na rua, não se deve ignorá-la.
A afirmação de Soninha parece fazer parte desse seu jeito meio irresponsável de ser. Aquela coisa eternamente adolescente...
Mas o fato é que ela é candidata a prefeita da maior cidade do país. E disse que, sim, é amante de um outro candidato.
Quando a então prefeita Marta Suplicy se separou do senador Eduardo Suplicy, o assunto foi tratado por toda a mídia paulista como algo central.
Se o caso for ignorado isso se deve apenas ao comprometimento político-partidário da ampla maioria da imprensa paulista.
Imaginem o que aconteceria se Haddad respondesse em qualquer rede social que, sim, é amante de quem quer que seja.
Aliás, se eu fosse a esposa de Serra, não teria achado a menor graça na piada.
Para quem não conhece Mônica Serra, aproveito o post para trazer uma história importante da última eleição presidencial.
No dia 13 de setembro de 2010 ela foi flagrada numa caminhada no Rio de Janeiro pela reportagem de O Estado de S. Paulo dizendo que Dilma era “a favor de matar criancinhas”. Depois disso, uma campanha subterrânea foi realizada pela internet e a história que começou com ela se tornou tema central da eleição.
Ou seja, dessa vez é Soninha que parece querer trazê-la para o centro da campanha. Mas em outro contexto, não mais na de difamadora de candidaturas alheias.