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Ministério Público vai investigar contratos da Virada Cultural
Do SPressoSP
A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social do Ministério Público de São Paulo, por meio do promotor Saad Mazloum, instaurou um inquérito civil para investigar os contratos das empresas que participaram da Virada Cultural paulistana. Mazloum decidiu iniciar a investigação depois de receber uma representação do vereador Donato (PT). OSPressoSP foi o primeiro veículo a apurar as denúncias feitas por V de Virada, que deu detalhes sobre como o diretor da Virada Cultural, José Mauro Gnaspini, articularia um suposto esquema de favorecimento de empresas no evento.
Depois de ouvir V de Virada, a reportagem do SPressoSPseguiu a apuração e publicou novas matérias sobre o caso (confira aqui). A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara chegou a aprovar a convocação do diretor da Virada Cultural, além de Ricardo de Paula Eduardo e Luciano Bonilha Daoud, sócios na empresa Entre Produções, para explicarem os contratos. No entanto, a base dos vereadores governistas conseguiu evitar que os depoimentos fosse realizados.
No último dia 16, o SPressoSP publicou nova matériasobre uma das empresas que, segundo V de Virada, seria a “mais suja” do suposto esquema, a WilWill, que teve problemas de irregularidades em cidades como Bom Jesus dos Perdões, interior paulista, onde é alvo de investigação da Polícia Federal (o relatório pode ser acessado aqui), em São Sebastião (litoral de São Paulo) e Paraty (RJ). Mesmo com esses notórios problemas, José Mauro Gnaspini, representando a secretaria de Cultura e a prefeitura de São Paulo, autorizou a assinatura de um contrato de prestação de serviços com a WilWill para duas apresentações musicais da Virada Cultural de 2012. Os contratos têm valor de R$ 118 mil e de R$ 88 mil.
Após a série de reportagens, outra denúncia surgiu. O denunciante, que quis preservar sua identidade, afirmou que o contrato de um dos trabalhos que fez com a Virada Cultural, depois de pronto, foi refeito para que se acrescentassem mais 10 mil reais. Uma produtora teria o procurado em nome do coordenador da Virada, José Mauro Gnaspini, dizendo que precisava fazer aquela operação para pagar outras contas do evento.