Marcha da Maconha é censurada nas sugestões do Google

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Dia desses a editora do SPressoSP, a Adriana Delorenzo, me veio com uma inquietação. Enquanto checava os dados da audiência do site no Analytics percebeu que todas as matérias traziam as palavras chaves e Tags, menos a da Marcha da Maconha. Aquela estava indexada apenas com números. Desconfiei de que o Google tinha criado uma restrição para o evento que busca modificar a legislação brasileira que é proibicionista em relação ao uso dessa droga, mas relativamente generosa em relação a outras. Por que a legislação, por exemplo, ainda permite publicidade de bebida alcoólica? Fui ao site de busca digitar Marcha da Maconha para ver o que acontecia. Digitei Marcha da Mac.. Vejam o que aconteceu. E se quiserem façam o mesmo.

E o Google não me sugeriu nada. Digitei Cerveja B, ele me sugere uma sequência delas.

Digitei Whisky R, ele me também me sugere várias possibilidades.

Ou seja, o Google está utilizando um tipo de censura com a Marcha da Maconha. Não há sentido legal nenhum nisso, porque no dia 15 de junho o Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão unânime, por 8 votos, liberou a realização da Marcha da Maconha no país. Até por este motivo o pessoal que organiza esses encontros está com uma campanha no Catarse buscando apoio financeiro para que as marchas deste ano sejam ainda mais significativas. O escritório do Google no Brasil tem obrigação de se explicar. E o movimento deveria entrar com um pedido de explicação jurídica para o que julgo ser uma arbitrariedade. Por outro lado, aqueles que defendem a legalização da maconha têm o dever de apoiar a realização das marchas. A defesa não pode ser só no sofá. Entrem lá no Catarse e façam suas doações. Depois, rua. Ficar reclamando nas redes sociais que setores religiosos defendem outras posições não resolve o problema. É preciso fazer mais.