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O nome não importa, vou chamá-lo de Paulinho. Ontem o vi chorando na casa de um amigo amado, que vou chamar de Amaro.
Ele entrou triste, passou rasgando a sala diretamente para o quarto. Disse que precisava terminar uma conversa com o moço que o acompanhava.
Relacionei o choro e a entrada pouco convencional ao moço.
Estava errado.
Suposições nos levam a erros bestas.
Descobri isso na hora de ir embora, quando dei carona a Paulinho e ao seu amigo.
Baiano, o Paulinho veio a São Paulo com seu namorado para festar na paulista no domingo que passou. Ele foi um dos 3 milhões da Parada Gay.
O seu acompanhante, também baiano, tinha outra missão além da festa em São Paulo. E não era nada mais do que amigo do Paulinho.
O rolo era outro.
Paulinho foi a Parada Gay com o namorado com o qual mantinha uma relação aberta. E na festa, o ex não ficou apenas com o outro, mas se encantou por ele.
E o namoro acabou porque o tal outro exigia fidelidade.
O choro de Paulinho me fez pensar nas bizarrices que tenho ouvido e lido nos últimos tempos sobre relacionamentos homossexuais.
O choro de Paulinho não tinha nada de diferente do meu e de tantos outros amigos e amigas heterossexuais quando um relacionamento acaba.
Era um choro de coração doido. De alguém que viu o amor partir.
Enfim, dá uma puta raiva pensar que há quem ignore o amor de gente como Paulinho, porque na sua satânica estupidez supõe que o amor é hetero.