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Em 2005, no meio da crise do mensalão, Jorge Bornhausen, então presidente do PFL, teria tido uma reunião com a direção da Rede Globo logo depois do depoimento de Duda Mendonça na CPI. A conversa foi para avaliar a possibilidade do impeachment de Lula.
Bornhausen disse aos Marinhos que havia condições jurídicas de encaminhar a cassação.
Irineu Marinho teria, então, perguntado quem seria o presidente caso Lula caísse? Bornhausen sem entender direito qual era a intenção do herdeiro do Seu Roberto, respondera, José Alencar, o vice.
Com ele não tem papo, disse o manda-chuva das Organizações Globo.
Bornhausen ainda tentou uma cartada de mestre e disse que o vice poderia cair junto, já que a revelação de Duda Mendonça era de esquema de caixa 2 na campanha da chapa.
Mas o próximo da lista sucessória era Severino Cavalcanti. E Irineu Marinho avaliou que tirar Lula para torná-lo presidente da República poderia causar uma convulsão social no país.
Se tivesse papo com José Alencar, a história de 2005 poderia ter sido outra.
Quantos vice-presidentes não abririam espaço para o “papo” naquele momento.
A grandeza de José Alencar não se mede apenar por esta história. Mas essa talvez seja simbólica.
Conservadores ou revolucionários, pessoas com essa característica moral fazem falta no processo democrático.
Zé Alencar já faz falta.