FSM: O sonho altermundista nas ruas de Dacar

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[caption id="attachment_9927" align="alignleft" width="300" caption="Homem na marcha de abertura do FSM."][/caption] Da grande mesquita à maior universidade pública da África Ocidental, Dacar viveu hoje o sonho dos altermundistas numa das marchas mais bonitas da história do FSM. Uma macha predominantemente preta. Uma marcha majoritariamente africana. Uma marcha colorida, ao som de tambores e cantos de protesto. Uma marcha com 50 mil pessoas. Uma marcha com 123 países. Uma marcha com milhares de organizações. Uma marcha com sol forte na cabeça, tão forte quanto o da primeira edição naquele 2001 de Porto Alegre. É preciso ter muita tranquilidade, calma e cuidado ao se viver um momento como esse. Não é algo que se consiga facilmente extrair da lembrança. Não é um momento que se apaga na próxima esquina. Uma marcha no Fórum é emoção na veia. É um abraço apertado do mundo que ama o planeta, que ama a justiça, que defende a solidariedade, que quer paz, que busca o consenso, que defende a vida, que se indigna com a exploração, que não aceita a dominação, que não abre mão de lutar por outro mundo possível. A marcha do Fórum Social Mundial é sempre um momento especial. Nesta edição ela pode ter começado a contar uma nova história da sociedade civil africana. A marcha de hoje foi muito diferente da do Quênia. Foi mais livre, alegre, festiva, sensível. Tudo que se espera da África. E isso pode significar muita coisa. Muito mais do que se possa racionalizar num momento em que a história acontece na nossa frente. Leia a matéria da Adriana Delorenzo sobre a marcha na home da Fórum.