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O FSM terminou na tarde de hoje em Dacar, Senegal, com a notícia mais esperada por boa parte dos participantes, a queda do ditador egipício Hosni Mubarak. O palco da assembléia final já estava instalado e ela estava começando quando a notícia chegou.
Imediatamente o vice-presidente do Fórum Mundial das Alternativas, o egipício Mandouh Habashi foi chamado para fazer uma intervenção.
Ele destacou que a luta do seu país não tinha cores partidárias. Que não era laranja, não era verde, não era vermelha, mas que era uma luta antiimperialismo. Que as pessoas pediam nas ruas a saída de Mubarak, do seu vice e também reivindicavam o fim da subserviência à política estadunidense.
“Foi uma luta contra o imperialismo, tanto que nos primeiros dias dos protestos os governos dos EUA e da Europa apoiavam Mubarak, depois tiveram que reconhecer nosso movimento”, afirmou.
Habashi destacou que a vitória popular é algo sensacional, porque não houve negociação. “O povo foi intransigente em relação a sua saída imediata e conseguiu derrotá-lo nas ruas.”
Há uma preocupação em relação aos próximos lances do processo e Habashi concorda que a saída de Mubarak é só começo da queda do regime, mas tem uma força simbólica imensa.
Amanhã publico a íntegra desta entrevista aqui.
Outra novidade deste fim de FSM e que foi aprovada na assembléia da comunicação a realização do II Fórum Mundial de Mídia Livre, no Rio de Janeiro, na época da Rio + 20.
A intenção é a partir de março iniciar conversas no Brasil com vistas a realizar um evento representativo e que signifique um salto qualitativo nos debates internacionais do midialivrismo e na construção de novas redes.