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A TV Bandeirantes realizou o primeiro debate entre candidatos ao governo do Estado de São Paulo na noite de ontem. Participaram Geraldo Alckmin (PSDB), Aloísio Mercadante (PT), Paulo Skaf (PSB), Celso Russomano (PP), Fábio Feldmann (PV) e Paulo Búfalo (PSoL).
O grande número de candidaturas não foi empecilho para que o encontro fosse bom e esclarecedor. E tivesse um grande derrotado, Geraldo Alckimin.
Ele foi questionado por todos os outros candidatos, com exceção de Fábio Feldmann, ex-tucano, que lhe levantou a bola em algumas ocasiões. Numa delas, chegou a ser quase cômico perguntando ao médico Alckmin sobre o que ele faria para diminuir o problema da obesidade (vejam o nível da preocupação do moço). Alckmin listou várias iniciativas, como a de pagar academias para pessoas da terceira idade e educar os jovens a comer. Ensiná-los a trocar os alimentos com muitos carboidratos por outros mais protéicos. Pasmem, é verdade...
Mas foi no confronto com Mercadante que Alckmin teve seus piores momentos. Em todas as vezes que o debate se dava entre eles, o ex-governador dizia que o governo federal tinha investido zero, nada, exatamente nenhum centavo naquela área. E que o governo estadual arcava com todos os investimentos no setor. Chegou a dizer que o governo federal não comprou sequer uma cama na área de saúde nos últimos oito anos.
Alckmin estava, porém, enfrentava um adversário alguém que sobra em números. E sempre que isso ocorria, Mercadante desfilava todos os investimentos do governo federal no setor, tornando a explicação de Alckmin insustentável.
Foi assim em relação às ferrovias, à educação, à construção de hospitais e investimentos no saneamento básico.
Paulo Skaf e Celso Russomano também se saíram bem no encontro. Ambos se mostraram seguros e não pouparam críticas aos 16 anos de governo tucano no estado.
Este blogueiro sempre achou difícil que esta eleição para o governo de São Paulo terminasse no primeiro turno.
Depois deste debate, passou a ter certeza de que a eleição no estado não termina em 3 de outubro.
É o medo de que isso aconteça que faz com que a mídia paulista esteja fazendo de tudo para que ela aconteça de forma silenciosa. Que não tem nenhuma visibilidade.
Como num segundo turno é quase impossível escondê-la, principalmente se a eleição presidencial vier acabar no primeiro turno, tudo será feito para decidi-la agora.
Sinto informar aos jornalões, isso não vai dar certo. Vai ter segundo turno em São Paulo. O debate de hoje tornou isso evidente. A oposição aos tucanos tem um discurso. E quando a oposição tem discurso, a situação tem problemas.
Isso é exatamente o que falta aos tucanos no plano federal: discurso.