Recanto das Abobrinhas XXXII

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Desaforismos

(aforismos meio desaforados)

Antigamente o diabo aparecia para as pessoas, para os fazendeiros. Hoje não aparece mais: ele tem medo. (Geraldo Tartaruga – São Luís do Paraitinga – SP)

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Água não tem cheiro, nem gosto, nem cor. Não existe em rios paulistanos.

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Entre um corrupto manjado e um futuro corrupto, não vote em ninguém!

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Há anos, velho começou a ser chamado de idoso, depois passou a ser da “terceira idade” e por fim da “melhor idade”. Assim capenga a humanidade.

Kai-ais

(desaforismos à maneira de haicais)

Não é extemporâneo

Um sem-terra

Ser conterrâneo?

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Rezou por chuva,

Ela veio,

Ficou viúva.

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Quanta parafina

Nos cabelos

Da surfista grossa

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Cuide da memória!

Mentiroso não pode errar

Ao recontar a mesma estória

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Não viva sozinho:

Andando em dois,

Se encurta o caminho

Pós-conceitos

(conceitos que você não vai encontrar em nenhum dicionário)

Fucícola - sujeitinho chato, que fica fuçando em tudo.

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Matilha – matinho onde se escondem bandos de cachorros ou mesmo de homens desocupados, malandros, assaltantes.

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Não fica atrás - recomendação para quem anda com pessoa que tem muitos gases. É horrível agüentar o cheiro dos seus puns...

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Pituitária – velhinha que pita cachimbo de barro.