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A Comissão de Cultura da Câmara aprovou nesta quarta-feira (04) requerimento para realização de audiência pública para discutir questões de apologia à ditadura, tortura e às comemorações ao golpe civil-militar de 1964. O pedido é de autoria do deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE).
A iniciativa do pedetista foi aprovada um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmar que a ditadura foi "nota 10 no amor ao próximo". No mesmo discurso, ele também afirmou que as comemorações de 7 de Setembro, Dia da Independência, mostrarão ao mundo que a "Amazônia é nossa".
"Essa declaração esdrúxula vem no momento em que observamos ataques aos direitos humanos e à pessoa humana", criticou Gadêlha, destacando que o Bolsonaro ignora sistematicamente as perseguições, torturas e desaparecimentos políticos ocorridos no período entre 1964 a 1985.
O presidente vem fazendo reiteradas declarações distorcida sobre os fatos históricos e enaltecendo a ditadura militar. "A nossa intenção é ouvir historiadores e especialistas para por fim ao processo de revisionismo e negacionismo histórico que tem finalidade política", justificou o pedetista.
No requerimento são sugeridos entre outros nomes, os da antropóloga Lilian Schwarcz e do procurador-geral da República, Sérgio Suiama, ambos a confirmar. Assim como aguarda-se as indicações de estudiosos pró-ditadura.
A audiência deve ocorrer ainda em setembro, com data a definir.