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Para analisar os riscos e ameaças à soberania nacional causados pela atual política de privatizações elaborada pelo governo de Jair Bolsonaro, foi lançado nesta quarta-feira (4), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, que dentre as principais bandeiras está a luta contra as privatizações das estatais.
Entre os convidados da mesa estava a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que voltou pela primeira vez ao Congresso desde que foi destituída do cargo de presidente da República em 2016. O evento também contou com os candidatos a presidente da República em 2018, Guilherme Boulos (Psol) e Fernando Haddad (PT).
Com auditório Nereu Ramos lotado, a ex-presidente Dilma discursou conta as privatizações das empresas estatais, como Petrobras e Eletrobras, e foi saudada pelo público ao defender a floresta amazônica como forma de manter a soberania nacional.
"O tamanho da floresta amazônica com a quantidade água que tem lá e de verde" é um dos pontos que mais emocionam Dilma, segundo ela. "É uma maravilha, quem nunca viu aquilo não entende a grandeza do nosso país", afirmou a petista.
Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a venda de empresas estatais brasileiras, no esforço de acelerar o processo de privatização até o final do ano. Estão incluídas no pacote a Eletrobrás, Correios, Casa da Moeda, CBTU, Telebrás, entre outras empresas.
“Não aceitaremos a venda das nossas empresas públicas. O Congresso não vai se calar diante da destruição do estado brasileiro”, afirmou o senador Jean Paul (PT-RN). “O casamento Bolsonaro e Guedes tem colocado o Brasil na berlinda econômica e social”, completou.
Defesa da Soberania Nacional
Durante o ato de lançamento do movimento, que tem apoio das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de partidos como PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT, e de entidades como ABI, CNBB, CUT e do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, foi lançado um manifesto em Defesa da Soberania Nacional.
A frente será presidida pela senadora Zenaide Maia (PROS-RN) e coordenada pelo deputado e ex-ministro do Desenvolvimento Social do governo Lula Patrus Ananias (PT-MG). Ela teve a adesão de mais de e 258 deputados e senadores.
Participaram ainda do ato político o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), o ex-chanceler Celso Amorim, o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), os ex-candidatos à presidência Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL), além de João Pedro Stedile, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Lideranças de diferentes partidos políticos também participam do seminário, organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
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