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Enquanto o presidente Jair Bolsonaro ocupa-se, ora como cabo eleitoral de Maurício Macri, ora em responsabilizar “ongueiros” pelo crescimento das queimadas na Amazônia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou nesta quinta-feira (22) que a Casa deve criar uma comissão para propor ações que ajudem o governo a resolver o problema do fogo que consome parte de nossas florestas.
A reação da Câmara também acontece na mesma semana em que dados divulgados pelo Inpe mostram que os focos de incêndios no Brasil, entre 1 de janeiro e 19 de agosto deste ano, tiveram uma alta de 82% em comparação ao mesmo período de 2018. “A Câmara vai criar uma comissão externa para acompanhar o problema das queimadas que atingem a Amazônia”, disse Maia nesta manhã no Twitter. “Vamos realizar também uma comissão geral nos próximos dias para avaliar a situação e propor soluções ao governo”, afirmou. https://twitter.com/RodrigoMaia/status/1164557020713881602 Questionado sobre quais ações seriam tomadas pelo governo a fim de diminuir o impacto das queimadas, Bolsonaro optou por culpar ONGs, sem no entanto apresentar nenhuma prova das acusações. “O crime existe. Isso temos que fazer o possível para que não aumente, mas nós tiramos dinheiro de ONGs, 40% ia para ONGs. Não tem mais. De modo que esse pessoal está sentindo a falta do dinheiro. Então, pode, não estou afirmando, ter ação criminosa desses ongueiros para chamar atenção contra minha pessoa, contra o governo do Brasil”, afirmou, em entrevista ao deixar o Palácio da Alvorada. Em entrevista ao programa Fórum 21 dessa quarta, Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental (ISA) criticou a postura do presidente em terceirizar a busca de soluções para o grave problema que atinge a sobrevivência da Amazônia. Veja abaixo a entrevista completa: https://www.youtube.com/watch?v=cgUFJAFeFvI